O antigo director desportivo do Benfica José Veiga admitiu esta terça-feira integrar uma lista candidata às próximas eleições do clube e acusou o presidente Luís Filipe Vieira de demonstrar ''medo'' ao antecipar o escrutínio para 03 de Julho.
''Fico a aguardar. Quando houver uma candidatura veremos. A minha preocupação é ajudar o Benfica a não discutir lugares'', afirmou José Veiga, após a apresentação oficial do ''Movimento Benfica, Vencer, Vencer''.
O antigo empresário de jogadores, que assumiu o apoio ao movimento, considerou que o actual presidente do clube lisboeta demonstrou ter ''medo'' ao antecipar as eleições para os órgãos sociais, que estavam inicialmente agendadas para Outubro.
''Ele (Luís Filipe Vieira) mostrou medo sem qualquer justificação. Terá ainda que explicar a razão ou o que tem a esconder. Ninguém percebe e ainda ninguém conseguiu explicar'', frisou Veiga.
O antigo director desportivo do clube da Luz, que fez parte da Direcção de Vieira e se sagrou campeão nacional de futebol em 2005, defendeu que uma candidatura criada pelo ''Movimento Benfica, Vencer, Vencer'' terá ''todas as possibilidades de ganhar as eleições''.
''É preciso dar corpo a este movimento e o futuro do Benfica passa por este movimento e pelos milhares de benfiquistas que estão a aderir a este movimento, que tem pessoas credíveis, muito sérias e com ideias diferentes'', disse.
O ex-empresário de jogadores revelou ainda que não poderá encabeçar uma lista candidata porque ainda não tem os cincos anos necessários como sócio do Benfica, um requisito exigido pelos estatutos do clube.
Também a demonstrar o seu apoio ''incondicional'' ao movimento ''encarnado''
esteve Fernando Tavares, antigo vice-presidente de Luís Filipe Vieira responsável para modalidades.
''O período que vivi no Benfica foi suficiente para perceber que o modelo de governo não é o adequado. Temos as estruturas profissionais a imporem-se aos órgãos eleitos estatutariamente e isso não pode jamais acontecer'', referiu Fernando Tavares, considerando que a antecipação das eleições foi um ''golpe de estado''.