O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, reconheceu terça-feira, em entrevista ao programa Trio de Ataque, da RTPN, que se o clube ''tivesse tido um treinador português as coisas podiam ter corrido de outra forma''.
O presidente do Benfica aludiu ''a lacunas em Quique Flores'' que não aconteceriam com ''um treinador português'' e manifestou a convicção de que ''as coisas muito dificilmente irão correr mal'' com Jorge Jesus como treinador do Benfica.
Em relação a contratações para a próxima época esclareceu que o Benfica vai contratar no máximo mais dois jogadores, para além dos já assegurados Patric, Álvaro Pereira e Ramires, e deu a entender que Reyes irá continuar na Luz tendo em conta que Rui Costa o considerou ''genial''.
Sobre o director desportivo, rebateu a ideia de que seja imaturo, mas depois reconheceu que o deixou tomar decisões porque só ''errando se pode crescer'', admitindo que ele ''cometeu erros'' que o fizeram ''crescer muito esta época''.
''Quem sou eu para aconselhar um jogador ao Rui Costa, que ganhou muitas coisas aqui dentro e sabe como se ganha'', lembrou Vieira, pedindo ao mesmo tempo que se dê tempo e deixe trabalhar o actual director desportivo.
Para Vieira, gerir o futebol não é apenas ''carregar num botão'' e deu o exemplo do que sucedeu com Camacho, cuja contratação ''teve o apoio de 90 por cento da massa associativa'' do Benfica e depois saiu do Benfica pela porta pequena.
O ''Movimento Benfica, Vencer, Vencer'', nomeadamente uma das suas figuras, Varandas Fernandes, a quem Vieira acusou de ter solicitado um almoço para
lhe pedir que o integrasse nos órgãos sociais do clube.
''Se eu tivesse aceite esse pedido não existiria este movimento que me tem criticado'', afirmou Vieira, que também não poupou o antigo director desportivo, José Veiga, ''um funcionário do clube'' a quem não reconhece os méritos que lhe atribuem na conquista do título de 2004/05.
É o próprio Vieira que convida as pessoas a verificarem quem foram os jogadores que deram o título ao Benfica nessa época, visto que, ''com excepção de um'', todos os outros ''foram contratados'' pelo presidente do Benfica, citando os nomes de ''Simão, Petit e Nuno Gomes'' como pedras fundamentais para a conquista do título.