Álvaro Braga Júnior prepara-se para reeleito presidente do Boavista, visto que é o único candidato às eleições para os corpos gerentes do clube, que, no entanto, ainda não têm data marcada.
O dirigente apresentou hoje, último dia do prazo, a sua candidatura e propõe Luís Teixeira de Melo para a presidência da Assembleia-Geral, ele que é o actual vice-presidente, e Albino Costa, um técnico oficial de contas, para o Conselho Fiscal.
Foi o próprio Braga Júnior que decidiu provocar eleições antecipadas, ao demitir-se na última assembleia-geral extraordinária, no dia 5, alegando haver “um clima de paz podre e de intriga” entre os sócios boavisteiros.
Por isso, explicou, impõe-se uma clarificação através de um novo acto eleitoral, o terceiro em pouco mais de ano e meio, no que é maiss um sinal da profunda crise que o Boavista atravessa.
Em Novembro de 2007, houve eleições antecipadas, após demissão de João Loureiro, e Joaquim Teixeira foi eleito presidente. O mandato deste foi controverso e durou seis meses.
Teixeira e a sua direcção demitiram-se em Maio de 2008, provocando assim novas eleições. Mais uma vez, só houve um candidato: Álvaro Braga Júnior, eleito presidente em 28 de Junho desse ano.
Loureiro deixou o Boavista numa grave situação financeira, com destaque para um passivo estimado em 72 milhões de euros. Teixeira saiu com o clube despromovido à segunda à Liga de Honra e sem soluções para os seus múltiplos problemas.
Com Braga Júnior, as dificuldades mantiveram-se e em resultado disso o clube caiu este ano para a II Divisão B.