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Crónica: FC Porto com oito suplentes chega e sobra para o Olympiacos

O FC Porto, com uma equipa constituída por jogadores menos utilizados, chegou e sobrou para vencer hoje os gregos do Olympiacos por 2-0, na sexta e última jornada do grupo C, da Liga dos Campeões de futebol.

Crónica: FC Porto com oito suplentes chega e sobra para o Olympiacos
Futebol 365

O técnico portista, Sérgio Conceição, decidiu operar uma revolução no onze, deixando apenas três jogadores titulares da última partida para o campeonato português, frente ao Tondela (4-3), Mbemba, Zaidu e Otávio, e completando a equipa com oito habituais suplentes.

Não obstante tantas alterações, por jogadores menos utilizados e com menos rotinas de jogo entre si, a verdade é que o FC Porto chegou e sobrou para o atual primeiro classificado do campeonato grego, o Olympiacos, orientado pelo treinador luso Pedro Martins.

O segredo para as coisas terem corrido bem ao FC Porto, que amealhou mais dois milhões e 700 mil euros com mais este triunfo, foi a forma como a equipa abordou o jogo, concentrada, agressiva na luta pela bola, a pressionar o adversário, a sair a jogar para o ataque com confiança e determinação.

Essa atitude coletiva, que foi absolutamente decisiva para o êxito, colheu cedo frutos, logo aos 10 minutos, quando um desvio de cabeça do avançado espanhol Toni Martínez bateu no braço do lateral esquerdo Holebas e deu origem a um penálti, com recurso ao vídeoárbitro (VAR), cobrado por Otávio, que colocou os portistas na frente do marcador.

Esse golo ainda reforçou mais os índices de motivação e confiança da equipa, que se manteve coesa, concentrada e agressiva a defender, com uma exceção, e solta a sair para o ataque, embora no plano ofensivo tenha sido evidente a falta de entrosamento entre os seus jogadores.

A exceção aconteceu aos 16 minutos, quando a defesa portista permitiu que a bola fosse metida nas suas costas para Georgios Manolas, que ficou isolado frente a frente com o guarda-redes Diogo Costa, mas rematou desastradamente por alto.

O Olympiacos não soube lidar com a pressão alta feita pelos jogadores ao portador da bola e, com exceção ao aludido lance de Manolas, não criou qualquer perigo para a defesa portista, tanto assim que Pedro Martins trocou ainda na primeira parte, aos 35 minutos, um médio de características mais defensivas, Camara, por outro de características mais ofensivas, Fourtounis, sem efeito palpável.

Na segunda parte, Pedro Martins lançou Randjelovic para o lugar de Masouras e a equipa começou a mostrar-se mais clarividente na posse da bola e mais incisiva nos lances de ataque, mas aos 54 minutos El-Arabi desperdiçou um golo incrível, no coração da área, rematando ao lado, que poderia ter invertido o rumo do jogo.

No entanto, o FC Porto manteve sempre a mesma atitude, de compromisso com o jogo, e a mesma solidez a defender, pese embora as falhas no plano ofensivo, que se foram acentuando à medida que os minutos iam passando, o que levou Sérgio Conceição a ‘cortar o mal pela raiz’, refrescando a equipa com jogadores titulares, como Luiz Díaz, Matheus Uribe, sobretudo estes dois, que deram outra qualidade e profundidade nas saídas para o ataque.

Foi assim que os ‘dragões’ chegaram ao segundo golo, num jogo que tinha completamente sob controlo, aos 77 minutos, por Uribe, após uma grande jogada de Luís Díaz à linha de fundo, a livrar-se de um adversário, e ao cruzar para trás, para o seu compatriota bater o guarda-redes José Sá.

Na verdade, houve muito pouco Olympiacos, em boa parte por ‘culpa’ do FC Porto, que colocou uma ‘camisa de forças’ aos gregos, que dela nunca conseguiram sair por falta de qualidade, sendo de destacar uma grande exibição de Otávio, acima de todos, assumindo a ‘batuta da orquestra’, do lateral esquerdo Zaidu, do central Diogo Leite, que o ‘suplente’ que mostrou mais serviço para merecer novas oportunidades.

Aos gregos coube a ‘consolação’ do apuramento para a Liga Europa, ao terminarem o grupo C em terceiro, com os mesmos três pontos do Marselha, último, que hoje perdeu com o Manchester City (3-0). Os ingleses somaram 16 pontos, mais três do que os ‘azuis e brancos’.

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