O Benfica empatou hoje fora com o Standard de Liége 2-2, na última jornada do grupo D da Liga Europa de futebol, num jogo em que não foi consistente a defender nem eficaz na definição das jogadas.
A equipa ‘encarnada’ voltou a revelar algumas das deficiências que têm sido notórias desde o início da época e que lhe custaram agora este empate, não lhe valendo, desta vez, a ponta final feita de inconformismo e de crença para chegar à vitória, que ficou a centímetros já em período de compensações, quando Pizzi rematou com estrondo à barra.
O Benfica entrou forte no jogo, a impor intensidade e ritmo altos, a pressionar o Standard ainda no seu meio-campo, e criou logo três oportunidades de golo no espaço de dez minutos, mas, de repente, sucede o golo dos belgas, aos 12 minutos.
Como sucedeu no jogo com o Rangers, em Glasgow, a equipa foi muito macia a defender nas faixas e bastou uma simples tabela para deixar batidos Nuno Tavares e Everton, que permitiu não só a tabela como o cruzamento para o golo do jovem Nicolas Raskin, de 19 anos, a antecipar-se de cabeça a Jardel.
No entanto, o Benfica não acusou o toque e manteve a pressão sobre o Standard de Liège, e restabeleceu o empate quatro minutos depois, por Everton, de cabeça, após uma incursão e cruzamento na área de Taarabt.
O Benfica parecia embalado para uma vitória fácil, mas falhava sempre os penúltimo e último passes, muito por culpa dos seus médios e avançados, precipitados e pouco clarividentes na definição das jogadas, um mal que o próprio Darwin Núñez não escapou, a forçar quase sempre mais um drible, mesmo em situações na cara do guarda-redes belga.
A partir da meia-hora, o Benfica quebrou o seu ritmo, baixou a intensidade do jogo, mas, mesmo assim, continuou a criar as melhores situações de golo, com destaque especial para o avançado uruguaio dos 'encarnados', muito precipitado em lances de último passe ou de finalização.
O Standard chegou novamente à vantagem aos 60 minutos, num lance causado por uma perda de bola num passe horizontal ‘proibido’, que saiu fraco, de Taarabt para João Ferreira, que se deixou antecipar e deu origem a um contra-ataque do qual resultaria no segundo golo dos belgas, por Abdoul Tapsoba, com um remate de fora da área.
Mesmo a perder, a sensação que o jogo transmitia era a de que o Benfica tinha capacidade de dar a volta ao resultado, tal a diferença de valor individual entre as duas equipas, mas acabou por chegar ao empate através de um penálti por causa de uma alegada falta sobre João Ferreira, que pareceu um equívoco do árbitro, convertido por Pizzi, aos 67 minutos.
Este golo mais reforçou a ideia de que o Benfica ainda chegaria ao triunfo, tanto mais que, minutos antes, Jorge Jesus tinha lançado em campo Rafa e Pizzi, para os lugares de Waldschmidt e Pedrinho,
No entanto, o 'pressing' final não resultou desta vez, apesar de Pizzi ter tido nos pés o golo da vitória com um remate à barra que merecia melhor sorte, mas o Benfica só se pode queixar de si próprio por ter saído da Bélgica com um empate.