O treinador do Tondela, Pako Ayestarán, alertou hoje para a importância de evitar «o peso» de sofrer golos nos minutos iniciais do jogo com o FC Porto, da quarta eliminatória da Taça de Portugal em futebol.
“Os primeiros minutos vão ser muito importantes. Não podemos permitir golos nos primeiros três, cinco, 10 minutos, porque é um peso muito forte para dar a volta no Dragão e, a partir daí, o que espero do jogo é que cada um de nós, envolvidos no jogo, cumpra as suas funções”, disse Ayestarán.
Neste sentido, admitiu que o Tondela tem de estar preparado para uns “primeiros minutos muito intensos do FC Porto”, tal como aconteceu há uma semana, quando as duas equipas se encontraram, também no Estádio do Dragão, a contar para a nona jornada da I Liga, em que os ‘dragões’ saíram vencedores por 4-3.
“Estamos a trabalhar os aspetos defensivos e ofensivos, mas também é certo que cada jogo é diferente e este vai ser diferente do jogo da semana passada e, logicamente, às vezes, estás mais assertivo e outras menos (…). O que esperamos é que neste jogo tenhamos mais equilíbrio entre o ataque e a defesa”, disse.
Ayestarán, admitiu que o Tondela “tem de arriscar mais, porque é ganhar ou ganhar” e mesmo que chegue ao desempate por grandes penalidades, “aí, há sempre uma questão de sorte que poderá cair, quem sabe, para o lado da equipa que nem fez o melhor jogo”.
O técnico falava em conferência de imprensa de antevisão do jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal, no domingo, às 18:30, no Estádio do Dragão, mas recordou as incidências do último jogo com o clube portuense.
“O árbitro a apitar, a arbitrar o jogo, os jogadores a jogar e o banco a dirigir o jogo e a animar a sua equipa, porque, por vezes, o campo estava vazio e dava-me a impressão que estava cheio pelo barulho que o FC Porto fazia. Por momentos, dava a impressão de que eles queriam apitar o jogo e o árbitro é que está lá para arbitrar”, referiu.
Ayestarán considerou que “não é verdade que o que mais barulho faz e o que mais grita é o que está certo”, admitindo que todos cometem erros, incluindo-se a si nessa categoria.
“Podemos não concordar com as decisões do árbitro e, quiçá, não o expressar de forma adequada, mas não pode ser a cada jogada, porque quando é a cada jogada a intensão é outra e não é simplesmente não concordar”, apontou.
Naquela situação, o treinador do Tondela considera que “se trata de influenciar o árbitro”: “Todos sabemos que não é o mesmo apitar no [Estádio do] Dragão ou no [Estádio] João Cardoso, como não é o mesmo arbitrar no [Estádio Santiago] Bernabéu ou no estádio do Levante”, comparou Ayestarán, aludindo à liga espanhola.
O técnico espanhol considerou que “não é justo para a competição os árbitros darem mais vantagem ao FC Porto” uma vez que “já tem melhor plantel” e isso “já é uma vantagem” em campo.