Declarações de Rui Narciso, treinador do Olímpico do Montijo, após o jogo frente ao Sporting de Braga, da quarta eliminatória da Taça de Portugal em futebol, realizado hoje no Estádio Nacional, em Oeiras.
“Não acho que os números sejam exagerados, tenho de ser sincero. A diferença de valor entre as equipas é gritante. Temos consciência de que íamos enfrentar uma equipa que, além da qualidade individual fortíssima, apresenta processos muto solidificados.
Tivemos oportunidade de poder analisar o Sporting de Braga, uma equipa que está bem sólida, sobretudo no processo ofensivo. As suas dinâmicas são bastante difíceis de defender. Comparar o Olímpico do Montijo que, no dia 09 de setembro, tinha nove jogadores para começar a época dia 20… O resultado foi aquilo que é realmente a disparidade do valor das duas equipas.
O [Miguel] Lázaro fez uma grande exibição e, se calhar, salvou-nos de os números serem ainda maiores. É claro que não ficamos felizes com estes números, não queríamos que o Olímpico do Montijo, pelo clube em si, pela cidade, pelas pessoas, saísse daqui com uma derrota por 7-0. Tínhamos de estar conscientes das dificuldades que íamos encontrar. Ganhar seria utopia, mas 2-0 ou 3-0, se calhar ficaríamos de um ânimo mais leve.
Neste tipo de jogos, não temos nada a perder, só a ganhar. Ao intervalo, estávamos a perder por 2-0, que em nada envergonhava aquilo que estávamos a fazer. Para ampliar o marcador, o Sporting de Braga teve de recorrer a um tipo de jogadores com uma qualidade diferente, como o Galeno ou o [Ricardo] Esgaio, que acabaram realmente por fazer a diferença na segunda parte.
À medida que o resultado se vai avolumando, vai-se perdendo a magia de fazer algo na Taça e vai fragilizando os jogadores do Olímpico do Montijo. Viemos ao Jamor, que por si só já é um estádio mítico, é o realizar de um sonho para todos. Só fico angustiado por não poder ter público.”