O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, negou hoje o reatar das negociações com os italianos do AC Milan para a transferência de Cissokho, depois do negócio ter sido abortado devido a problemas dentários do futebolista.
“Não há qualquer negócio, não há a mínima abertura para rever as condições”, afirmou Pinto da Costa, à margem da V Milha do Dragão/Vitalis, que hoje decorre na zona envolvente do Estádio do Dragão, no Porto.
O dirigente revelou que o AC Milan apresentou uma segunda proposta de 10 milhões de euros, menos cinco do que o inicialmente acordado, e rejeitou ainda a possibilidade de um empréstimo.
“É inaceitável pensar-se que vamos admitir um empréstimo quando o próprio médico do AC Milan disse que o problema não era impeditivo de ele continuar a jogar”, reforçou.
Pinto da Costa afirmou que o defesa francês vai “continuar a fazer tratamentos”, sem que tenha para isso de “deixar de jogar”, e mostrou-se confiante na valorização do seu passe.
“Temos a certeza de que vai estar melhor do que nesta época que terminou. Quando chegar a altura de sair, de certeza que se o AC Milan vier cá com 15 milhões não o vai levar”, observou.
O presidente dos “dragões” adiantou que, além da proposta dos italianos por Cissokho, apenas chegou ao clube uma abordagem dos franceses do Olympique Lyon pelo mesmo jogador e pelo avançado argentino Lisandro López, prontamente recusada.
“O Lyon esteve cá e ofereceu oito milhões de euros pelo Cissokho e 12 milhões pelo Lisandro. Considerei que era uma proposta que nem dava para conversar e em cinco minutos acabou a conversa”, avançou.
Pinto da Costa mostrou-se mesmo convencido de que o argentino, com mais dois anos de contrato, “vai continuar”, acrescentando que só uma “proposta irrecusável, igual à do Crsitiano Ronaldo”, o pode tirar do clube.
O dirigente portista negou também qualquer abordagem pelos futebolistas Bruno Alves, Lucho Gonzalez e Helton.
Relativamente a Bruno Alves, sublinhou que qualquer negócio só se poderá fazer pelo valor de 30 milhões de euros, estabelecido na cláusula de rescisão.
Pinto da Costa disse ainda que o clube não tem necessidade de vender o passe de qualquer jogador para equilibrar as contas e que não espera realizar mais contratações, a não ser que se concretizem algumas das saídas aventadas.
“Já fizemos seis ou sete aquisições, não precisamos de mais ninguém. Tudo o que se diga não corresponde à verdade”, rematou.