As autoridades moçambicanas esperam que 358 mil viajantes atravessem as fronteiras durante a quadra festiva, contra mais de 837 mil que passaram pelos postos fronteiriços em igual período de 2019, disse hoje à Lusa fonte oficial.
"O movimento migratório foi revisto em baixa a nível nacional. É uma redução causada pelas limitações de circulação por conta da covid-19", disse Celestino Matsinhe, porta-voz do Serviço Nacional de Migração (Senami).
Segundo Celestino Matsinhe, a redução do número de travessias previstas para esta quadra festiva é de 57%, quando comparada com o ano passado.
Habitualmente, na época festiva, a fronteira de Ressano Garcia, a mais movimentada do país e que faz ligação com a África do Sul, passa a funcionar por 24 horas, mas devido à pandemia, este ano vai manter-se o horário normal (06:00 às 00:00), embora atualmente não seja permitida a entrada de viajantes no território sul-africano depois das 22:00 devido ao recolher obrigatório adotado naquele país.
"Tivemos de nos adequar ao horário de funcionamento da África do Sul, mas entradas para Moçambique estão abertas para até mais tarde", acrescentou.
As autoridades preveem que 300 mil pessoas atravessem a fronteira de Ressano Garcia, contra 411.948 do ano anterior.
Para esta quadra festiva, o Senami prevê que o movimento de entradas atinja o seu pico entre os dias 20 e 25 de dezembro.
Moçambique tem um total de 17.568 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 15.454 são dados como recuperados, havendo ainda 148 mortos, segundo a última atualização.
O país conta com total de 56 fronteiras, das quais apenas 32 estão abertas e as restantes foram encerradas no quadro das medidas de prevenção contra o novo coronavírus.