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Covid-19: Poupanças dos cabo-verdianos nos bancos já cresceram mais de 8% com a pandemia

As poupanças dos cabo-verdianos nos bancos renovaram em outubro um novo máximo histórico e já acumularam um crescimento superior a 8% desde o início da pandemia de covid-19, segundo dados oficiais.

Covid-19: Poupanças dos cabo-verdianos nos bancos já cresceram mais de 8% com a pandemia
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De acordo com dados do mais recente relatório estatístico mensal do Banco de Cabo Verde (BCV), compilados hoje pela Lusa, os depósitos de poupança nos bancos cabo-verdianos ultrapassaram no final de outubro os 7.385,7 milhões de escudos (66,7 milhões de euros), um novo máximo histórico.

Trata-se de um aumento superior a 14% face ao mesmo mês de 2019, e um crescimento de 8,1% desde março, quando o país decretou o estado de emergência, com o confinamento da população e paralisação das empresas, para conter a transmissão da pandemia de covid-19.

Em março, esses depósitos de poupança ascendiam a 6.847 milhões de escudos (62,3 milhões de euros).

Em Cabo Verde operam sete bancos comerciais com licença para trabalhar com clientes residentes e quatro apenas com licença para clientes não residentes, considerados ‘offshore’, regime que termina no final deste ano, conforme prevê a nova legislação aprovada em fevereiro, no parlamento.

Segundo um inquérito realizado há cinco anos pelo BCV sobre a literacia financeira da população cabo-verdiana, cerca de 91% dos inquiridos consideram importante, ou, até mesmo muito importante planear o orçamento familiar e apenas 9% consideram pouco importante ou nada importante.

O estudo concluiu ainda que cerca de 55% dos inquiridos planeavam uma periodicidade mensal, 45% costumava poupar e destes, somente 1 a 2% poupa numa perspetiva de longo prazo, enquanto 53% afirmam que não poupam e, desses, 82% aponta como principal razão o baixo nível de rendimento, enquanto que 6% não consideram a poupança como uma prioridade.

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) realizou um inquérito de conjuntura das famílias cabo-verdianas no segundo trimestre deste ano, chegando à conclusão de que a maior parte dos inquiridos (93,2%) considerou que a atual situação económica do país não permite fazer poupança.

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