O Sporting garantiu hoje não ter recebido qualquer comunicação do Benfica a manifestar preocupação sobre as condições da Academia, para a realização da final do campeonato nacional de futebol de juniores, adiado sábado devido a confrontos entre adeptos.
Em comunicado, o Sporting assegurou ainda que ''desconhece, em absoluto, que o Benfica o tenha feito junto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)'', acrescentando que, ''se o fez, a FPF nunca o referiu junto da Sporting SAD''.
O Sporting lamentou também que o Benfica ''não se demarque de adeptos do seu clube quando estes próprios declararam às forças policiais terem ido à Academia apenas para 'acabar com o jogo'''.
O comunicado dos ''leões'' foi divulgado horas depois de o Benfica ter lamentando que os responsáveis do Sporting ''refutem responsabilidades'' em relação aos incidentes ocorridos, ''quando a organização do jogo lhe competia por inteiro''.
O Benfica garantiu ainda que já tinha alertado a FPF e o Sporting para o facto de a Academia de Alcochete ''não reunir as condições necessárias para realizar um jogo com a importância de que este se revestia''.
Os ''encarnados'' lamentaram também as ''atitudes intimidatórias e tentativas de agressão a que foram sujeitos membros da Direcção e um administrador do clube'', factos que os ''leões'' desmentem.
''Todos os dirigentes do SLB presentes encontravam-se no local mais seguro para assistir ao jogo já que se tratava de um local fechado, com janelas de vidro e de fácil acesso a uma zona sem visibilidade do exterior'', lê-se no comunicado do Sporting.
No último ponto do comunicado, o Sporting garante que ''aguarda que as instituições reguladoras do futebol analisem os factos com isenção que se lhes exige'', acrescentando: ''Depois dos períodos negros que o futebol tem passado, não entremos na era dos campeonatos ganhos à 'pedrada'''.
Também hoje, a FPF repudiou os incidentes ocorridos sábado na final do campeonato nacional de juniores, interrompido aos 25 minutos, e garantiu que vai tentar dar a ''resposta mais célere possível'' ao caso.
O assunto deverá ser analisado pelo Conselho de Justiça da FPF, depois de ser conhecido o relatório do árbitro José Gomes.
A FPF é responsável pela organização do campeonato, mas não pela organização dos encontros.
O presidente do Conselho para a Ética e Segurança no Desporto (CESD), Manuel Brito, defendeu hoje que ''houve pouca cautela na escolha do recinto para a organização do jogo, no sentido de precaver este tipo de incidentes''.
Manuel Brito fica agora à espera do relatório da Federação Portuguesa de Futebol para analisar a questão na secção do Conselho Nacional do Desporto a que preside, o que deverá acontecer durante a próxima semana.