O Boavista tem uma nova assembleia geral extraordinária marcada para 8 de Julho, no Estádio do Bessa, no Porto, para discutir se Álvaro Braga Júnior pode concorrer à presidência do clube, ele que foi eleito há um ano para o cargo.
Esta nova assembleia, a segunda este mês, foi convocada hoje por sugestão do Conselho Geral (CG) do clube, que na sua última reunião, há poucos dias, levantou dúvidas sobre se o actual presidente boavisteiro é sócio há pelo menos cinco anos, mínimo necessário para se candidatar ao lugar.
O presidente do CG axadrezado disse hoje à Agência Lusa estar convicto de Braga Júnior não preenche ainda esse requisito que os estatutos do clube impõem. Contudo, os mesmos estatutos prevêem que um candidato pode ser declarado elegível pelos sócios através de uma assembleia-geral convocada para o efeito.
“Só a assembleia-geral tem esse poder e se isso não acontecer, a qualquer hora alguém pode impugnar a eleição de um candidato”, reforça Arnaldo Saraiva, justificando assim o motivo pelo qual o CG entende que deve haver uma reunião magna de sócios para validar, neste caso, a candidatura encabeçada por Braga Júnior.
Saraiva garante que o CG fez esta proposta apenas “por recear que pudesse ser posta em causa essa elegibilidade”.
Álvaro Braga Júnior acredita que o Conselho Geral está enganado, recordando que já foi director do Boavista e até membro do seu Conselho Geral nos anos 90 e voltou ao clube em 2007. Depois disso, todavia foi eleito presidente do clube, há um ano, sem que na altura se tenha levantado a questão da sua elegibilidade.
“É minha convicção que tenho pelo menos seis anos e meio, eventualmente sete anos e meio de sócio”, disse hoje o presidente boavisteiro, no final da conferência de imprensa após a assembleia-geral da SAD que aprovou as contas relativas ao exercício 2007/08.
Apesar desse seu entendimento, Braga Júnior referiu que decidiu “acatar” a sugestão feita pelo CG e convocar uma nova assembleia-geral.