Declarações de Luís Freire, treinador do Nacional, no final do encontro da 13.ª jornada da I Liga, que terminou com a vitória do Sporting por 2-0, disputado no Estádio da Madeira, no Funchal.
"O relvado é igual para as duas equipas. Tentámos ao máximo entrar neste jogo, sabendo que do outro lado, como disse na antevisão, estava o primeiro classificado, que não o é por acaso. Estão moralizados e confiantes e também bem orientados. A primeira parte foi de equilíbrio total no jogo. Há duas oportunidades para o Sporting, que acabam, já bem perto do intervalo, por dar vantagem ao Sporting. Foi um jogo muito disputado, com muita ‘guerra’ dentro do campo. O vento na primeira parte a não soprar tanto, como na segunda parte. A verdade é que eles marcaram o golo à beira do intervalo e acabaram, em termos psicológicos, a ter esse ascendente.
Ao intervalo, fizemos aquilo quer tínhamos de fazer. Tínhamos o Rúben já com o amarelo. Lançamos o Rochez com o Riascos no eixo central para criar dificuldades aos defesas centrais do Sporting, deslocando o Kenji para a lateral na perspetiva de poder alargar a frente de ataque. Colocamos os médios mais físicos que tínhamos, porque queríamos ser mais fortes nas segundas bolas e mais fortes na ameaça à linha defensiva do Sporting. Mas soprou muito vento e o Daniel tinha dificuldades em repor a bola. Acabámos por não conseguir chegar ao empate e o Sporting que tem bons jogadores, acabou por desequilibrar no fim e fazer o segundo golo.
O jogo é marcado pelo primeiro golo. Se tivéssemos ido para o intervalo empatados, se calhar, já não tínhamos de mexer e tínhamos feito outras coisas. Era difícil fazer melhor que aquilo que os meus jogadores fizeram. Acabaram o jogo completamente exaustos. As duas equipas deram tudo. Foram grandes homens e grandes guerreiros. Não estava fácil de jogar hoje, como também não estava ontem [quinta-feira]. Os profissionais têm de estar preparados para jogar com bom tempo ou com mau tempo. Dou os meus parabéns aos meus jogadores e estou reconhecido pelo seu esforço. Queríamos pontos também, mas tenho de dar os parabéns ao Sporting, porque acabou por ser um justo vencedor. Criou mais oportunidades e marcou os golos. Na Madeira temos muitas vezes este tempo. Treinamos muitas vezes assim e jogamos também muitas vezes assim. Tivemos o campo interdito e tivemos de ir treinar para a Camacha. O cancelamento de aviões é uma constante para nós.
Num jogo destes, quem marcasse primeiro estava claramente por cima em termos psicológicos. A equipa que sofresse ia ter de se abrir mais e conceder mais espaços.
Temos conseguido discutir os jogos até ao fim, tentando ao máximo não nos desequilibrar com estas equipas, pois eles têm excelentes executantes que fazem a diferença. Falta agora levar os pontos no fim, que fazem falta.
Tivemos limitações na preparação do jogo. Tivemos limitações durante o jogo, com o Daniel em dificuldades. Se no próximo jogo não jogar o Daniel por algum motivo, vai jogar alguém que vai estar à completamente à altura".