Itália ultrapassou hoje as 80.000 mortes associadas à covid-19 desde o início da pandemia no país, em fevereiro de 2020, depois de contabilizar, nas últimas 24 horas, mais 507 óbitos, indicam os dados do Ministério da Saúde italiano.
No total, segundo os números oficiais, perderam a vida 80.326 infetados, mantendo Itália como o segundo país europeu com mais mortes associadas ao novo coronavírus, apenas superada pelo Reino Unido (83.345), segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Por outro lado, também nas últimas 124 horas, o país contabilizou 15.774 novos casos de contágio, um aumento em linha com os últimos dias, depois de se terem realizado cerca de 175.000 testes de diagnóstico.
No total, Itália já acumulou 2.319.036 pessoas infetadas.
Apesar do contínuo aumento de casos de contágio, a pressão hospitalar aligeirou.
Dos 564.774 casos ativos no país, a imensa maioria permanece isolada em casa apenas com sintomas, enquanto 26.104 infetados estão hospitalizados, menos 244 que terça-feira. Nas unidades de cuidados intensivos estão internados 2.574 pacientes, menos 57 do que na véspera.
Face aos números, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, anunciou hoje no Parlamento que o Governo prorrogou o estado de emergência por três meses, até 30 de abril.
Speranza adiantou que as novas medidas entrarão em vigor a partir de 16 deste mês e falou de uma “situação grave” num país em que o índice de contágio Rt se situa nos 1,03 e a taxa de incidência é de 313 casos por cada 100.000 habitantes.
“Estamos no último quilómetro desta batalha e necessitados de uma colaboração leal, um esforço unido para combater o vírus: os próximos meses serão difíceis. Não há outro caminho senão o da unidade para enfrentar a maior emergência sanitária, económica e civil desde a guerra [II Guerra Mundial]”, afirmou Speranza.
Por outro lado, prossegue a campanha nacional de vacinação contra o novo coronavírus, tendo sido já administradas a 800.730 mil pessoas, essencialmente profissionais de saúde.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.