O Reino Unido registou novo máximo diário de 1.820 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para mais de 93 mil, segundo anunciou hoje o Governo britânico, que está sob pressão para vacinar funcionários públicos.
O número foi superior em 210 ao anterior recorde de 1.610 mortes registadas na véspera.
Nas últimas 24 horas foram identificados 38.905 novos casos, contra 33.355 no dia anterior.
Os últimos dados dão conta de 39,068 infetados hospitalizados, dos quais quase quatro mil ligados a ventiladores.
Desde o início da pandemia de covid-19, já foram registadas no Reino Unido 3.505.754 infeções e 93.290 mortes confirmadas, mas o balanço aumenta para 101.880 mortes se forem incluídas aquelas cujas certidões de óbito referem a covid-19 como fator contributo.
O Governo indicou também que 343.163 pessoas foram vacinadas na terça-feira com a primeira de duas doses, fazendo o total superar os 4,6 milhões.
Hoje, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que será o Comité Conjunto de Vacinação e Imunização [Joint Committee on Vaccination and Immunisation, JCVI] a decidir se será dada prioridade a funcionários públicos de serviços críticos, como polícias, profissionais de saúde em serviços de emergência ou professores nas próximas fases.
“Temos de confiar no que diz o JCVI e sobre as prioridades que os especialistas determinaram. Queremos ver esses grupos vacinados o mais depressa possível”, afirmou no Parlamento, no debate semanal com os deputados.
A ministra do Interior, Priti Patel, manifestou-se favorável a que a polícias e bombeiros possam ser vacinados rapidamente, em declarações hoje à BBC.
"O ministro da saúde [Matt Hancock] e eu estamos a trabalhar para que isso aconteça. Serei muito clara sobre isso. Não é apenas algo em que estamos a pensar, O Governo está a fazer muita coisa agora. Se o Comité Conjunto de Vacinação e Imunização disser que é uma possibilidade, podemos fazê-lo acontecer”, garantiu.
O Comité ainda não decidiu em que ordem vai vacinar o resto da população, ou seja, adultos com menos de 50 anos.
O plano atual é de vacinar os nove grupos prioritários identificados, começando pelos cerca de 15 milhões das primeiras quatro categorias (residentes e trabalhadores em casas de repouso, profissionais de saúde, pessoas com mais de 70 anos e pessoas clinicamente vulneráveis até meados de fevereiro.
Este grupo representa cerca de 88% das mortes de covid, pelo que a sua imunização é considerada importante para aliviar os serviços de saúde.
Os outros 17 milhões de pessoas nas cinco categorias seguintes (maiores de 50 anos e outros adultos com problemas de saúde graves estão previstos receber uma primeira dose no início da primavera.