Os produtos alimentares transformados representaram 21% das importações cabo-verdianas em 2020, valendo quase 120 milhões de euros, de janeiro a novembro, segundo dados do Banco de Cabo Verde (BCV) compilados hoje pela Lusa.
De acordo com um relatório estatístico do BCV, nos 11 meses de 2020 já contabilizados, as importações de bens por Cabo Verde caíram globalmente 10,8%, para 63.753 milhões de escudos (577 milhões de euros).
Essas quebras foram mais acentuadas em abril e maio, meses em que o arquipélago esteve em estado de emergência, com confinamento geral da população e encerramento de empresas, para conter a transmissão da covid-19.
Do total das importações cabo-verdianas de janeiro a novembro, 20,9% foram só em produtos alimentares transformados, valendo 13.145 milhões de escudos (119 milhões de euros), de acordo com os dados estatísticos do BCV.
Com um peso de quase 10% do total, Cabo Verde importou em combustíveis quase 6.252 milhões de escudos (56,5 milhões de euros) de janeiro e novembro, mas também com fortes quebras no período de abril e maio, devido ao confinamento.
O país, ainda segundo os dados do BCV, chegou a novembro com um volume de Reservas Internacionais Líquidas de 66.704 milhões de escudos (603 milhões de euros), uma descida de 4,9% face a outubro, mas suficiente para garantir vários meses de importações.