Crónica: Santa Clara quebra jejum de vitórias com golo ao ‘cair do pano’ frente ao Rio Ave

Depois de Carlos Júnior ter feito o primeiro golo dos insulares, aos 24 minutos, e Meshino, aos 26, ter recuperado o empate para os vila-condenses, o médio japonês do Santa Clara, em estreia como titular, apontou o golo decisivo, aos 89 minutos.

Com este triunfo, o Santa Clara quebrou uma série de cinco jornadas consecutivas sem vencer na Liga e subiu para o oitavo lugar do campeonato, com 18 pontos, enquanto que o Rio Ave, que vinha de um moralizador empate em Alvalade, frente ao Sporting, voltou às derrotas e segue no 10.º posto, com 15.

Mostrando ambição em inverter o jejum de vitórias, os insulares entraram melhor no jogo, não demorando a impor a uma superioridade perante o adversário, corporizada, logo no primeiro quarto de hora, com um par de remates de Cryzan e Costinha.

O Rio Ave, mais expectante e com dificuldades para armar os seus contra-ataques, concentrava, nesta primeira fase, a suas atenções em travar as investidas do Santa Clara, onde Carlos Júnior se mostrava o mais desequilibrador.

O avançado brasileiro, que já representou o Rio Ave, acabou por se destacar aos 24 minutos, quando, após uma perda de bola dos vila-condenses, foi desmarcado por Cryzan e teve a frieza para tirar Santos do caminho e atirar por entre as pernas do guarda-redes local Kieszek, passa assinar o 1-0.

Apesar da contrariedade, o Rio Ave reagiu de imediato e, na primeira chance que criou, revelou-se eficaz, com Gelson Dala a aproveitar um corte defeituoso de Mikel e a esboçar um primeiro remate para defesa de Marco, mas a bola sobrou para Meshino, que na recarga resgatou o empate, aos 26 minutos.

O golo fez os nortenhos despertarem para o desafio, passando a pisar mais vezes a área do Santa Clara, mas revelando algumas dificuldades na definição final, arrastando a igualdade até ao intervalo.

O regresso do descanso devolveu duas equipas mais ambiciosas e balanceadas no ataque, proporcionado um jogo com maior rotação e mais situações de perigo junto às duas balizas.

O Santa Clara foi primeiro a deixar uma ameaça, por intermédio de Costinha, e mais tarde por Anderson Carvalho, a que o Rio Ave ia respondendo com ações individuais de Gelson Dala e Francisco Geraldes, mas, tal como os açorianos, a demonstrarem pouca pontaria no remate.

Com avançar do cronómetro, os dois conjuntos foram perdendo algum do atrevimento, e também clarividência, mas o Santa Clara mostrou-se mais perigoso sempre que conseguia acelerar, criando desequilíbrios na defesa da casa.

Já depois de Cryzan ter obrigado o guarda-redes local à defesa do jogo, os açorianos acabaram por se recolocar na frente do marcador já nos instantes finais, numa jogada de contra-ataque, aos 89, finalizada com um remate de Hidemasa Morita.

O Rio Ave não teve muito tempo para evitar o desaire, mas, já nos descontos, Ronan, em três lances, teve boas oportunidades para recuperar o empate, mas com o experiente guarda-redes Marco a segurar o triunfo do Santa Clara.