O vice-presidente do Benfica Rui Costa lembrou hoje toda a estrutura do futebol profissional do clube que «é proibido atirar a toalha ao chão» no que diz respeito às contas do título da I Liga.
Numa entrevista ao canal de televisão do clube, o vice-presidente dos ‘encarnados’ frisou que “ninguém sai ilibado” da situação que a equipa atravessa no campeonato, mas acabou por admitir que as “duas mensagens claras” que pretendia transmitir eram “sobretudo para dentro do balneário”.
“[A primeira], quem não estiver disposto a este sacrifício [de lutar pelo título até ao fim], a este empenho e a representar um clube desta dimensão, não vai estar lá dentro, e [segunda] temos todas as condições para ainda chegar ao título e é isso que vamos tentar fazer”, advertiu Rui Costa.
Após a derrota (1-0) frente ao Sporting, na segunda-feira, em partida da 16.ª jornada da I Liga, o Benfica ‘caiu’ para o quarto lugar com os mesmos pontos (33) que o Sporting de Braga, terceiro, a cinco do FC Porto (38) e a nove do Sporting (42).
O dirigente, no entanto, escusou-se a dar justificações para a atual situação no campeonato, sublinhando que “não é isso que os adeptos querem ouvir”.
“Não se chega a este ponto, com este atraso, sendo responsabilidade de uma pessoa só. E este é um aviso para todos nós, onde eu me incluo. Até ao fim da época vamos ver quem são os homens que temos dentro de casa para assumir esta responsabilidade e dar a volta a esta situação”, apontou.
O antigo jogador referiu várias vezes que apesar de a diferença para o líder ser de “muitos pontos”, ainda “faltam 18 jogos de campeonato”, sem esquecer “uma Liga Europa” e também “uma meia-final da Taça de Portugal”.
São três competições onde o Benfica está inserido e fará “tudo para as conquistar”, pelo que “quem não estiver em condições de assumir essa responsabilidade, não irá fazer parte do grupo”.
“Isto é um ponto assente, e não vale só para o grupo de trabalho, vale para todas as vertentes, onde eu me incluo. É um momento para homens de grande coragem, atletas, treinadores. Sabemos todos a responsabilidade que é representar esta camisola e quem não conseguir sentir isso ou temer essa responsabilidade, então não pode encarar este desafio como queremos”, justificou Rui Costa.