A diretora do Benfica Olímpico, Ana Oliveira, reiterou hoje a aposta do clube para Tóquio2020, contando apurar perto de 25 atletas apesar dos constrangimentos e ajustes salariais impostos pela pandemia da covid-19.
“Tudo dependerá da evolução dos próximos meses, mas ainda acalentamos a ambição de colocar mais perto de uma dezena em Tóquio. Vai depender deles e da pandemia, porque o clube seguramente não desistiu do rumo há muito definido pela nossa direção”, vincou a dirigente.
Em declarações à agência Lusa, a responsável ‘encarnada’ recordou que as ‘águias’ já têm 15 qualificados para os Jogos Olímpicos e que o clube continua empenhado em aumentar esse número, destacando a aposta em modalidades com o atletismo, canoagem, judo, triatlo, natação e taekwondo.
O clube propôs a muitos atletas uma redução de 40% no valor dos contratos que expiravam em dezembro de 2020, sendo que, entre os que responderam, a canoísta Joana Vasconcelos preferiu abandonar o Benfica.
“Dos cerca de 50 atletas integrados no Benfica Olímpico só um, a Joana Vasconcelos, não aceitou a renovação de contrato. Tivemos pena, mas respeitamos obviamente a decisão, desejando que possa prosseguir a sua carreira desportiva”, elucidou.
À Lusa, o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, lamentou o desinvestimento do Benfica na canoagem – foi proposto o mesmo a João Ribeiro e Teresa Portela, enquanto Fernando Pimenta e Messias Baptista terminam contrato só depois dos Jogos -, depois de o Sporting ter abandonado a modalidade.
"Ficámos surpreendidos com a reação do presidente da federação de canoagem, que lidera uma das modalidades em que o Benfica mais tem investido na última década, contribuindo para bons resultados das seleções nacionais. A comparação feita e as conclusões que se retiram das suas palavras podem induzir em erro”, criticou.
Ana Oliveira assume que o Benfica está a “adaptar-se à realidade imposta pela covid-19 e a fazer alguns ajustes na aposta olímpica”, mas destacou o “reforço de apoio multidisciplinar” à equipa, algo que “só não será notório para quem não quiser ver”.