A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) deverá voltar a adiar para data a definir, por causa da covid-19, uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e Governo prevista para março, anunciaram as autoridades moçambicanas.
"Tudo indica que não há condições para a realização de reuniões presenciais e a proposta que existe é de adiamento para um período a definir", disse o diretor para a Integração Regional e Continental do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (Minec), Alfredo Nuvunga, citado hoje pela imprensa estatal.
A medida segue recomendações dos ministros da Saúde da comunidade, acrescentou.
A proposta aguarda pela aprovação do chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, na qualidade de presidente em exercício da SADC, até agosto.
A cimeira extraordinária tinha sido anunciada em dezembro com o objetivo de discutir, em Maputo, a violência armada em Cabo Delgado, entre outros temas.
O encontro chegou a ser marcado para janeiro, mas também na altura foi adiado por causa da propagação da covid-19.
Moçambique tem um total acumulado de 465 óbitos devido à covid-19 e 44.912 infeções, 61% das quais recuperadas.
O Presidente moçambicano anunciou na quinta-feira, entre 20 novas medidas, um recolher obrigatório durante a noite, das 21:00 às 04:00, na área metropolitana de Maputo, que abrange os distritos de Matola, Boane e Marracuene.
As novas restrições, que vigoram desde sexta-feira, com duração de 30 dias, foram decretadas face ao aumento do número de óbitos, internamentos e casos de covid-19 que, só em janeiro, superaram os números de todo o ano de 2020, concentrando-se em Maputo.