Declarações de Jesualdo Ferreira, treinador do Boavista, após a derrota frente ao Nacional (0-1), em jogo da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
“O Boavista fez um bom jogo e esteve sempre por cima. O próprio treinador do Nacional reconheceu que fomos melhores em todas as estatísticas, mas não fomos capazes de marcar e sofremos como sofremos.
Fui ao balneário dar os parabéns aos meus jogadores. Disse-lhes que, enquanto cá estiverem, é importante que joguem sempre assim, com esta atitude e espírito ofensivo, consigam discutir o jogo com qualquer equipa e queiram muito que as coisas virem.
Não é muito normal o que está a acontecer ao Boavista. Em todos os jogos, há sempre acontecimentos difíceis de explicar. Não tenho nada a apontar aos meus jogadores, mas há momentos em que é preciso mais serenidade e melhor capacidade de decisão.
Isso tem muito a ver com a história do Boavista desde o princípio da época. Há todas as condições para que o Boavista atinja os pontos necessários ao seu objetivo. É exigível em todos os jogos que os atletas trabalhem e façam aquilo que fizeram hoje.
O Boavista fez 14 remates dentro da área adversária. Chegou lá, manteve-se lá e foi capaz de criar situações, mas não conseguimos fazer nenhum golo. Quando as coisas estavam a entrar naquele momento crítico, a 15 minutos do fim, ficámos com 10 [expulsão de Javi García, aos 74].
Perdemos dois jogos em casa da forma que perdemos. Sabem o que aconteceu em Tondela, não sabem? E com o Santa Clara? Não é fácil influenciar os jogadores para um certo tipo de jogo quando não acontece nada que esteja de acordo com o objetivo final.
Há momentos em que sinto que eles querem muito e outros em que revelam angústia e desânimo. Esta foi uma das derrotas que mais me custou, mas, desde Tondela, temos tido uma série de jogos que cortaram com uma linha clara de desenvolvimento da equipa”.