A Ordem dos Médicos (OM) defendeu hoje o alargamento da vacina contra a covid-19 da AstraZenca aos maiores de 65 anos, sublinhando que os dados mais recentes são robustos e suficientes para que a decisão seja tomada.
Em comunicado, o bastonário e o Gabinete de Crise para a Covid-19 da OM consideram ainda benéfico o alargamento do intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer, anunciado esta semana pelo Governo.
Na segunda-feira, o Governo anunciou que o intervalo entre a toma das duas doses da vacina da Pfizer/BioNtech contra a covid-19 passava a ser de 28 dias, em vez dos anteriores 21.
Segundo o Governo, esta decisão vai permitir intensificar o ritmo de vacinação em mais 100 mil pessoas até ao fim deste mês.
Na nota hoje divulgada, a OM considera que estas alterações nas vacinas da AstraZeneca e da Pfizer podem ajudar “a que a imunização chegue aos primeiros grupos de risco de forma mais célebre, sem comprometer a segurança e a eficácia”.
No início de fevereiro, a Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu que, até novos dados estarem disponíveis, a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca devia ser preferencialmente utilizada para pessoas até aos 65 anos de idade.
Contudo, a norma da DGS acrescenta que "em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais anos de idade ser atrasada" se só estiver disponível esta vacina.
Em comunicado, a OM salienta também como positiva a dinâmica incutida no Plano de Vacinação pela nova coordenação da ‘Task Force’ e diz-se disponível para colaborar com as autoridades competentes em todo o processo.
Insiste que o Plano de Vacinação deve ser apoiado na ciência e nas prioridades definidas a nível nacional e internacional, “indo ao encontro das regras emanadas pela Organização Mundial de Saúde e pela Comissão Europeia” e tendo também em conta as recomendações emanadas pela Agência Europeia do Medicamento e pela FDA (norte-americana).
Segundo a informação disponível às 08:10 de hoje no ‘site’ covid19estamoson.gov.pt já tinham sido vacinadas 885.109 pessoas, das quais 618.393 apenas tinham a primeira dose. As restantes 266.716 já tinham a vacinação completa.