O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, lamentou hoje que o desporto tenha sido votado ao «esquecimento» no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para aceder às verbas comunitárias pós-crise da pandemia de covid-19.
“Continua a ser incompreensível o esquecimento a que o Desporto, aparentemente, foi sujeito no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”, manifestou Pedro Proença, num texto publicado no Facebook, na sequência de uma reunião do grupo de trabalho financeiro da LPFP, que serviu para “alinhar estratégias e prioridades para a retoma” económica no futebol.
O líder do organismo recorreu mesmo ao “excelente exemplo” do Reino Unido, cujo governo anunciou recentemente um “investimento de 347 milhões de euros referentes a um pacote de subsídios ao desporto nacional”, sendo que as verbas serão usadas “para compensar a redução provocada pela restrição do acesso dos adeptos a estádios e instalações desportivas”.
De resto, Pedro Proença deixou um alerta: “Como já tive oportunidade de afirmar num passado recente, o momento difícil que atravessamos afigura-se como uma enorme oportunidade de se avançar com um conjunto de reformas estruturantes decisivas para o aumento de competitividade do futebol profissional.”
O PRR de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.
O documento tem sido criticado por várias estruturas desportivas nacionais, nomeadamente Comité Olímpico de Portugal (COP), Confederação do Desporto de Portugal (CDP) e Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), por excluir recomendações de Bruxelas e objetivos da Estratégia Portugal 2030, nos domínios da atividade física e desportiva das populações.