O Governo timorense deliberou hoje aplicar cerca sanitária e confinamento obrigatório em Díli para conter eventuais surtos de transmissão comunitária da covid-19, após três casos terem sido detetados em duas zonas da capital.
A decisão, que foi tomada numa reunião do Conselho de Ministros, entra em vigor à meia-noite (15:00 de hoje em Lisboa) e implica um conjunto de restrições nos movimentos na cidade.
“O Governo decidiu que a partir de amanhã e durante uma semana entra em vigor uma cerca sanitária e confinamento obrigatório para a cidade de Díli”, disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fidelis Magalhães.
“Os cidadãos não estão autorizados a atividades culturais, religiosas e outras durante o período de confinamento”, sublinhou.
Fidelis Magalhães disse que, para já, a cerca sanitária e confinamento obrigatório só se aplicam, para já, ao município de Díli.
As medidas do Governo surgem depois das autoridades de saúde terem detetado três casos, dois na zona de Madohi, próximo de Tasi Tolu, na saída ocidental da capital, e um no bairro de Bebonuk, os primeiros possíveis casos de transmissão comunitária desde o início da pandemia, há um ano.
Os casos foram detetados depois de uma operação de testagem em massa levada a cabo em rastreio de contactos e após a confirmação de um caso confirmado de uma residente da zona de Tasi Tolu, que tinha viajado para Baucau, segunda cidade do país.
Os dois casos detetados em Madohi são ambos funcionários públicos, do Ministério de Transportes e Comunicações e da Secretaria de Estado de Formação Profissional e Emprego, pelo que estão já a ser feitos testes a funcionários destas instituições.
Já o caso do residente de Bebonuk, segundo fontes do Governo, é um funcionário dos serviços de limpeza da cidade.