Jesualdo Ferreira considera o empate um «mal menor» para o FC Porto

''O Paços fez o que lhe mais convinha, num jogo com menos qualidade do que mostrou em Aveiro. Fez um golo num lance que não estamos habituados a sofrer e pelo que fez acabou por justificar o empate'', disse o técnico portista, considerando que a expulsão de Hulk, por acumulação de cartões amarelos, deu ''mais força ao FC Porto''.

''Com a expulsão, fomos mais fortes, equilibrados e chegámos ao golo. O Paços não mudou a sua estratégia, baixou as suas linhas. Este resultado acaba por ser um mal menor para nós, depois de uma parte dos jogadores terem vindo de jogos das selecções a meio da semana'', sublinhou.

Jesualdo Ferreira considerou ainda que o que se passou na Mata Real simboliza o ''registo das dificuldades'' que o FC Porto vai sentir no campeonato, garantindo que a equipa tem de ''trabalhar muito'', mas prometendo que ''vai melhorar''.

Em relação à expulsão do avançado brasileiro, o técnico disse que ''é fácil expulsar Hulk'', afirmando que ''a falta que dá origem à expulsão é semelhante a um lance anterior que o Hulk sofreu'' e não terá sido sancionada.

Jesualdo Ferreira assinalou: ''É fácil expulsar o Hulk, um jogador que é mais rápido e mais forte do que os adversários, mas que joga com alguma ingenuidade nos lances que ganha. Leva porrada, há faltas que não são sancionadas e ele acaba por ser o mau da fita''.

O treinador do Paços de Ferreira, Paulo Sérgio, falou em ''sentimento de frustração'', considerando que ''a equipa não ganhou por detalhes''.

''Analisando a partida, hoje era o nosso dia. Não ganhámos por detalhes e esse é um elogio que temos de fazer à nossa equipa, ainda que em vantagem numérica devíamos de ter guardado melhor a bola'', disse o técnico pacense, que admitiu não ter gostado da arbitragem de Carlos Xistra.

''Não tenho sangue de barata, sou uma pessoa emotiva. Educadamente, já conversei com o trio de arbitragem e disse-lhes que eles tiveram erros com alguma gravidade que prejudicaram a minha equipa. Mas não quero com isto justificar o que quer que seja'', sublinhou.