O novo formato da Liga dos Campeões de futebol a partir de 2024 esteve hoje em discussão, com vários pontos de vista diferentes, mas convergentes na convicção que as alterações vão originar mais dinheiro, em especial das transmissões televisivas.
A Associação de Ligas Europeias de futebol (European Leagues) realizou hoje um encontro online, onde foi discutido o novo modelo da Liga dos Campeões, a distribuição de verbas, as alterações no calendário e a forma como se vai efetuar o aumento de 32 para 36 equipas.
A UEFA, organismo que tutela o futebol europeu, está a analisar um aumento de 32 para 36 equipas, numa liga única, em que cada equipa vai jogar 10 jogos contra adversários equilibrados, baseado no ‘ranking’ das equipas, na primeira fase.
Os oito primeiros classificados avançariam para a fase seguinte, enquanto os 16 seguintes disputariam um ‘play-off’ a duas mãos para completar o lote de apurados.
Já a European Leagues prefere que as equipas joguem oito jogos numa primeira fase em vez de 10, o que significaria um aumento de 64 jogos em vez dos possíveis 100 com o novo modelo.
O secretário-geral da UEFA, Theodore Theodoridis, afirmou que haverá um "aumento significativo" nas receitas de transmissão televisiva quando o novo formato entrar em vigor, sendo esperado que durante o mês de abril a decisão possa estar tomada.
Jacco Swart, diretor geral da European Legues, considerou a proposta “inovadora e atraente”, mas alertou para a necessidade de a UEFA proteger também as ligas nacionais e ter em conta o aumento do número de jogos.
Existe ainda a preocupação que este novo modelo da ‘Champions’ possa vir a retirar espaço e receitas às competições nacionais.
Em relação à maneira como serão atribuídas as quatro novas vagas ainda existe algum desacordo, com a Associação Europeia de Clubes a defender que duas vagas devem ser de acordo com a classificação no ‘ranking’ ou histórico das equipas. Já a European Leagues quer que sejam recompensados os clubes fora das principais ligas.
Outro dos assuntos em destaque na reunião foi a distribuição de prémios, com a European Leagues a defender que se deve reduzir a diferença para os clubes que não se qualificam para as competições europeias.
Lars-Christer Olsson, presidente da European Leagues, referiu que as decisões vão ser tomadas pela UEFA, mas salientou que as partes estão a discutir as alterações, bem como as federações e os clubes, defendendo a necessidade de um equilíbrio entre as competições nacionais e as competições europeias.