A Itália registou 26.824 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o número mais alto desde 27 de novembro, e 380 mortes, levando o primeiro-ministro a confirmar uma “nova vaga” e preparar reforço de medidas.
“A situação piorou de forma generalizada”, alertou o diretor geral de Prevenção do Ministério da Saúde, Giovanni Rezza.
Os novos casos, 26.824 no último dia, representam um aumento de 1.151 em relação a quinta-feira e elevam o total para 3.175.807 infetados, desde que a pandemia começou há cerca de um ano, o que coloca a Itália como o terceiro país da União Europeia com mais contágios, depois de França e Espanha.
Os 380 óbitos são mais sete do que na véspera, e representam também um aumento em relação às semanas anteriores, totalizando 101.564 vítimas mortais em Itália.
A pressão hospitalar também tem piorado, já que dos 509.317 atualmente positivos, 26.570 estão hospitalizados, um aumento de 464 pacientes nas últimas 24 horas, dos quais 2.914 estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos (mais 55).
Ao mesmo tempo, a campanha de vacinação continua com uma taxa diária de 170.000 doses, embora a intenção seja triplicá-la, afirmou o primeiro-ministro, Mario Draghi, durante uma visita ao centro de vacinação no aeroporto romano de Fiumicino.
No total, foram administradas 6.287.009 doses, enquanto 1.883.632 habitantes receberam as duas doses.
O governo italiano aprovou hoje um decreto de lei para aplicar o confinamento total de 03 a 05 de abril, os três dias da Semana Santa, e vai colocar a partir de 15 de março na zona “vermelha”, de maiores restrições, as regiões com uma incidência semanal superior a 250 casos por cada 100.000 habitantes.
Neste momento, a média nacional é de 225 por 100.000 habitantes, indicou Rezza.
O Ministério da Saúde deve confirmar hoje à tarde as regiões que passam a zona “vermelha” a partir de segunda-feira, nas quais os comércios não essenciais estarão encerrados e as saídas à rua devem ser reduzidas ao mínimo possível
Essas seriam as províncias autónomas de Trento e Bolzano, a Lombardia, Emília-Romanha, Piemonte, Véneto, Friul-Veneza Júlia, Marcas, Basilicata, Campânia e Lácio, cuja capital é Roma.
O resto dos territórios italianos vai passar para zona “laranja”, exceto a ilha da Sardenha, que vai permanecer como zona “branca”, quase sem restrições.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.630.768 mortos no mundo, resultantes de mais de 118,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.