A seleção portuguesa de râguebi perdeu hoje com a Roménia por 28-27, no Jamor, e somou a segunda derrota noutros tantos encontros do Europe Championship, competição também de qualificação para o Mundial França2023.
Num encontro que terminou empatado em número de ensaios (3-3), os romenos conseguiram a ‘cambalhota’ no marcador apenas na bola de jogo, com um ensaio transformado que os colocou na frente pela primeira vez desde o minuto 11 e castigou os demasiados erros não forçados de Portugal.
Ao contrário de há uma semana, frente à Geórgia, quando cometeram apenas três penalidades em zonas ‘proibidas’, os ‘lobos’ foram hoje uma equipa muito mais indisciplinada e acabaram por jogar mais de 20 minutos em inferioridade numérica, devido aos cartões amarelos mostrados a José Rebelo de Andrade (cinco), Mike Tadjer (40+5) e Eric dos Santos (90).
A Roménia foi aproveitando a indisciplina portuguesa para ‘massacrar’ no jogo de avançados, com sucessivos ‘mauls’ e formações ordenadas que lhes permitiram acabar o jogo por cima fisicamente, e dar a volta ao marcador, depois de Portugal ter chegado a uma aparentemente confortável vantagem de 13 pontos (27-14), aos 68 minutos.
Portugal chegou ao intervalo a vencer por 17-9, graças aos ensaios de Dany Antunes (11 minutos) e Jerónimo Portela (35), ambos transformados por Samuel Marques, conseguidos nas poucas vezes em que conseguiu, finalmente, ‘sacudir’ o jogo de avançados romeno e explorar a sua velocidade e jogo à mão.
A Roménia ia-se mantendo dentro do resultado, através de penalidades que castigavam a indisciplina portuguesa, e de um ensaio de Alexandru Savin (50), aproveitando mais um período de inferioridade numérica portuguesa.
Quando Raffaele Storti (67 minutos) concluiu em ensaio mais uma boa jogada à mão das linhas atrasadas portuguesas e a transformação de Samuel Marques (68) ampliou a vantagem para 13 pontos, a questão que se colocava era se Portugal conseguiria o quarto ensaio que lhe desse o bónus ofensivo.
Porém, os sucessivos erros e perdas de bola nos alinhamentos de introdução própria de Portugal resultaram num gigantesco ‘balde de água fria’, com os ensaios de Nicolas Onutu (75) e Ovidiu Cojocaru (80), ambos transformados por Ionel Melinte, que deram a volta ao marcador.