O Sporting de Braga venceu sábado por 2-1 o Sporting, em Alvalade, na segunda jornada da Liga portuguesa de futebol, mantendo a liderança isolada da prova e o ''jejum'' dos leões, há oito jogos sem vencer.
A equipa minhota foi a única a vencer na primeira jornada (1-0 à Académica) e voltou a repetir o feito, desta vez em Alvalade, perante um dos candidatos ao título, o que lhe garante a liderança isolada da Liga, independentemente do que acontecer nos restantes seis jogos da segunda ronda.
A derrota do Sporting começou a ser desenhada bem cedo, aos 12 minutos, quando Alan, na primeira jogada ligada do ataque minhoto, arrancou um pontapé de fora da área inesperado e fora do alcance de Rui Patrício.
Este golo surgiu depois de 10 minutos iniciais de grande pressão e agressividade ofensiva por parte do Sporting, que entrou forte e disposto a marcar cedo, o que podia ter feito logo aos três, quando Moisés evitou com o braço, na área, que Liedson abrisse o marcador, num lance passível de grande penalidade que o árbitro não sancionou.
O Sporting acusou o golpe e quebrou o ímpeto perante um Braga bem organizado, que surpreendeu ao apresentar um “4x2x1x3” elástico, com profundidade ofensiva, sem receio do adversário e cortando as fontes de alimentação à dupla de ataque “leonina”.
Com Alan e Paulo César bem abertos nas alas, Pedro Silva e André Marques ficaram amarrados, tal como Miguel Veloso perante a mobilidade de Mossoró, enquanto Vandinho e Hugo Viana marcavam Matias Fernandez e Moutinho.
Na defesa, o lateral esquerdo Evaldo foi na prática o terceiro central, marcando as deambulações de Liedson para a sua zona de jurisdição, sobrando sempre uma unidade na marcação à dupla de ataque “leonina”, ao mesmo tempo que João Pereira vigiava as movimentações de Vukcevic, sem arriscar subir.
O Sporting ficou tolhido e sem soluções, até que Hélder Postiga se lesionou e obrigou Paulo Bento a lançar Caicedo, mas este entrou mal no jogo e nunca se encontrou.
Deu para perceber a razão de Paulo Bento ter apostado até ao momento em Postiga, visto que Caicedo revelou falta de entrosamento com os colegas, limitações técnicas e dificuldades em encontrar o tempo de entrada aos lances e o seu posicionamento na área.
Mesmo assim, teve nos pés oportunidade flagrante de fazer o 1-1, mas falhou por manifesta precipitação, mas o Sporting chegaria ao empate aos 71 minutos, num grande remate de pé esquerdo Yannick Djaló a 25 metros da baliza.
Paulo Bento arriscara abrir a frente de ataque, sacrificando Matias Fernandez para a entrada de Djaló para o flanco direito, mas continuou a ser o Sporting de Braga a controlar o jogo, embora aquele pontapé do avançado ''leonino'' não estivesse no ''programa''.
De repente, o Sporting viu-se perante a possibilidade de dar a volta a um jogo que parecia sem solução, mas, aos 81 minutos, um erro defensivo grosseiro da defesa ''leonina'', com maiores responsabilidades para Rui Patrício, originaria o segundo golo dos bracarenses, um golo, de resto, merecido, apontado de cabeça por Meyong, o seu segundo na prova.
Nos últimos minutos, o Sporting de Braga poderia mesmo ter chegado ao terceiro golo quando Rui Patrício evitou que Matheus, isolado por André Marques, o fizesse, ''carimbando'' um triunfo que não sofre contestação da melhor equipa em campo, quer no plano táctico, técnico e até físico, pois os ''leões'' deram um ''estoiro'' no último quarto de hora.