Um total de 10 russos poderão competir em eventos de atletismo nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este verão, mas sob bandeira neutra, explicou hoje a federação internacional, a World Athletics.
A decisão de retomar a permissão de atletas neutros autorizados, suspensa desde novembro de 2019, permite a uma dezena de atletas preencher a quota desde que compitam no estrangeiro e sob regras de antidopagem apertadas.
A Rússia está suspensa dos grandes palcos desportivos, como os Jogos Olímpicos, devido a um escândalo de doping institucionalizado, e a utilização da bandeira neutra, no atletismo, foi suspensa em 2019 devido à acusação sobre a federação de atletismo russa de que estaria a providenciar a Danyl Lysenko documentos falsos sobre a sua localização e viagens.
A decisão hoje aprovada é mais um passo para a admissão de atletas russos nas próximas provas, como na Liga Diamante, e abre, para Tóquio2020, espaço para atletas como a tricampeã mundial do salto em altura, Mariya Lasitskene.
Esta posição segue-se ainda à aprovação das reformas de medidas antidopagem propostas pela federação russa, que incluem o incentivo à denúncia e o aumento da testagem.
A RusAF, como é conhecida aquela federação, está suspensa desde 2015, um período que abrange dois Jogos Olímpicos de verão e uns Jogos de inverno, com os atletas russos a competirem internacionalmente sob bandeira neutra, ou do Comité Olímpico, sem hino.