O Brasil somou 2.724 mortes e 86.982 infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um dos piores dias pandemia no país sul-americano, informou o Ministério da Saúde local.
Hoje foi o segundo dia com mais mortes desde que a chegada da covid-19 ao Brasil, apenas atrás de terça-feira, quando o país contabilizou 2.841 vítimas mortais, e o terceiro dia com mais casos positivos de sempre.
No total, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, concentra 287.499 óbitos e 11.780.820 diagnósticos de infeção, números que confirmam o Brasil como o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos.
A taxa de incidência da covid-19 em solo brasileiro é agora de 137 mortes e 5.606 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde.
Das 27 unidades federativas do Brasil, as que concentram maior número de infeções são São Paulo (2.261.360), Minas Gerais (1.003.104), Paraná (781.539) e Rio Grande do Sul (771.000).
São Paulo (66.178), Rio de Janeiro (34.695), Minas Gerais (21.303) e Rio Grande do Sul (16.117) são, por sua vez, os Estados que registam mais vítimas mortais devido à doença causada pelo novo coronavírus
Desde a chegada da covid-19 a território brasileiro, em fevereiro do ano passado, foi registada a recuperação de 10.339.432 casos, sendo o terceiro país do mundo com maior número de recuperados, depois dos Estados Unidos e da Índia.
A Prefeitura de São Paulo, maior cidade do Brasil com mais de 11 milhões de habitantes, tem cerca de 500 pacientes com covid-19 a aguardar por uma cama disponível em hospitais, informou hoje o autarca Bruno Covas, admitindo que este "é um momento de extrema gravidade”.
A primeira morte em São Paulo por falta de camas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes infetados foi confirmada hoje por Covas, que alertou para a situação.
O prefeito garantiu que a autarquia trabalha para aumentar a capacidade hospitalar, mas ressaltou que a situação está "muito difícil" a ponto de a rede privada pediu para transferir pacientes para a pública.
Além de atravessar o momento mais critico da pandemia, com o colapso das redes públicas e privadas de saúdes, os estoques de 22 medicamentos utilizados na intubação de pacientes infetados em estado grave está a chegar ao limite, noticiou o jornal Folha de S.Paulo, que ouviu relatos de médicos, empresas, gestores da saúde e entidades médicas.
O Brasil confia na sua campanha de imunização para travar o agravamento da doença, mas esta avança lentamente no país devido à falta de antecipação nas encomendas de doses de vacinas e atrasos nas entregas.
Aos 73 anos, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, recebeu hoje o imunizante contra a covid-19, sendo o primeiro membro do alto escalão do Governo de Jair Bolsonaro a ser vacinado
Heleno compartilhou o momento em que recebeu a primeira dose nas suas redes sociais e destacou ter sido uma escolha pessoal.
“Hoje recebi a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O Governo Federal defende a imunização em massa e trabalha intensamente para viabilizar, no menor prazo possível, a vacinação de todos os brasileiros. É uma ação voluntária. Foi a minha escolha”, disse o ministro, um dos mais próximos de Jair Bolsonaro, que, por sua vez, já garantiu que não tomará o imunizante.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.682.032 mortos no mundo, resultantes de mais de 121,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.