Portugal vai estrear em maio a Liga Pro Skate, um circuito anual composto por sete etapas inseridas num ambicioso projeto de «forte desenvolvimento desta modalidade olímpica» até Paris-2024.
“Vamos arrancar com um modelo de competição olímpico de desenvolvimento do skate aproveitando a sinergia de Tóquio2020 e focado em Paris2024”, resumiu à Lusa Paulo Ribeiro, coordenador nacional do comité técnico do skate da Federação de Patinagem de Portugal.
A ideia é que esta nova competição, pontuável para o ‘ranking’ mundial, ajude Portugal a passar dos atuais cerca de 350 atletas federados para os 10.000 aquando dos Jogos Olímpicos franceses.
“Atualmente, temos cerca de 350 atletas federados, contudo são 80.000 os praticantes ativos no Continente e ilhas. O projeto prevê que atinjamos os 10.000 federados antes de Paris2024”, sublinhou.
O circuito vai arrancar no Porto em maio, passando depois por Aveiro em junho, Almada e Cascais em julho, Mealhada e Faro em setembro, acabando em outubro em Lisboa numa prova que será Campeonato da Europa.
“Os eventos serão divididos em provas para os mais jovens e outra para os que disputam o ‘ranking’ mundial, não só para portugueses, mas também para estrangeiros, até para termos competição de maior nível e competitividade que possa também dar maior experiência para os atletas de segunda ou terceira linha de desenvolvimento nacional”, explicou Paulo Ribeiro.
A ideia da federação é ter 150 skaters na prova da Invicta, no entanto terminar a época já com “300 a 350” competidores.
“É um percurso muito ambicioso ao nível do crescimento, porém nada que nos assuste, pois temos consciência do número de praticantes ativos que existem”, sublinhou.
Paulo Ribeiro disse que o skate foi “a modalidade com maior procura e desenvolvimento nas escolas [portuguesas] em 2020”, falando mesmo de “20 a 25% de crescimento ao mês”, números que aumentam o “ânimo e incentivo” aos que lutam pela sua expansão.
“Queremos que o skate seja associado ao desporto saudável e boas práticas”, frisou o responsável, reconhecendo a conotação “mais marginalizada” que a modalidade teve no passado.
Entende que atualmente a mesma já é “mais valorizada socialmente” e que os desportistas de alta competição são mesmo de um outro ‘background’ social, pois precisam de ter um bom suporte financeiro para competir a nível internacional.