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Covid-19: Argentina impõe novas medidas e suspende voos de Brasil, Chile e México

A Argentina anunciou hoje a imposição de novas medidas de controlo da covid-19, que incluem a suspensão de voos oriundos do Brasil, do Chile e do México.

Covid-19: Argentina impõe novas medidas e suspende voos de Brasil, Chile e México
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As novas medidas vão entrar em vigor às 00:00 de sábado (03:00 em Lisboa) e por tempo indeterminado, de acordo com a decisão administrativa já publicada no Boletim Oficial.

"Serão suspensos os voos provenientes de Brasil, Chile e México. Os viajantes deverão fazer um teste ao embarcar, outro ao chegar e outro no sétimo dia depois da chegada. Os positivos, farão ainda um teste de sequência genómica, junto com os contactos próximos, e cumprir isolamento onde as autoridades indicarem. Os testes e as estadas estarão a cargo do passageiro", indicou.

A suspensão de voos com origem no Brasil, no Chile e no México soma-se à proibição anterior de voos oriundos do Reino Unido e da Irlanda do Norte. Todos países com maciça circulação das variantes mais contagiosas e letais.

Atualmente, a fronteira aérea só está aberta a argentinos e residentes que regressam do exterior. Turistas estrangeiros já não podiam entrar no país desde 25 de dezembro.

As fronteiras, terrestre e marítima, já estavam fechadas a todos, inclusive aos argentinos. O único canal aberto é o aeroporto internacional de Ezeiza, em Buenos Aires.

Para entrar no país, os argentinos precisavam de um exame PCR negativo até 72 horas antes do voo. A partir de agora, serão necessários pelo menos outros dois exames, pagos pelo passageiro, ao chegar ao país. Um segundo exame à chegada e um terceiro no sétimo dia, mas as autoridades poderão exigir mais exames até se obter um resultado negativo.

Se o exame for negativo, o viajante deverá ficar isolado no domicílio particular por dez dias, durante os quais será monitorizado. Essa quarentena só terminará se um posterior exame der negativo. Quem violar o isolamento será punido criminalmente.

Caso o exame seja positivo, o viajante será encaminhado para uma quarentena de, pelo menos, dez dias num hotel a ser designado pelas autoridades. Se o passageiro chegar acompanhado, todos os contactos estreitos deverão seguir o mesmo isolamento.

Durante esses dias de confinamento, os infetados serão submetidos a um teste de PCR especial, dessa vez para detetar se possuem algumas das variantes detetadas no Brasil, na África do Sul ou no Reino Unido.

Os exames e as estadas no hotel serão pagos na totalidade pelos infetados.

O Departamento de Migrações argentino calculou que cerca de 27 mil argentinos estão no exterior como turistas, 7.500 desses no Brasil, considerado o maior temor para os países vizinhos.

Com 45 milhões de habitantes, a Argentina registou 55.092 mortos e 2.278.115 de casos desde o início da pandemia.

Nas últimas 24 horas, as autoridades argentinas contaram 146 óbitos e 8.238 casos.

Apenas 1,41% dos argentinos recebeu duas doses da vacina, na campanha de vacinação iniciada em 29 de dezembro, sendo que 6,11% da população recebeu apenas uma dose.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.745.337 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.814 pessoas dos 819.210 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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