A Associação de Futebol de Lisboa (AFL) criticou hoje a norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) para a retoma do futebol de formação, que obriga à realização de testes para o novo coronavírus antes dos jogos, pagos pelos clubes.
Em comunicado, a AFL lamenta que, ao invés do “abrandamento” ou do “levantamento total dos condicionalismos até aqui existentes”, a atualização da norma 019/2020 da DGS impõe aos clubes seus filiados “uma série de exigências incomportáveis face às atuais condições financeiras”.
A AFL explica que é obrigatória a “apresentação de um resultado negativo num teste laboratorial para SARS-CoV-2, realizado nos termos da norma 019/2020 da DGS, até 72 horas antes do início das atividades por parte de todos os praticantes de escalões de formação de modalidades desportivas de médio e alto risco”.
A norma, atualizada na quarta-feira pela DGS, define a realização aleatória de testes a 50% dos atletas e equipas técnicas e 50% dos árbitros, nas competições que se disputem em concelhos com uma taxa de incidência inferior a 120 casos por 100.000 habitantes.
Caso os encontros decorram em municípios com taxa de incidência superior a 120 casos por 100.000 habitantes, a norma prevê a realização de testes a todos os jogadores, elementos da equipa técnica e árbitros.
Em relação aos treinos, os participantes estão dispensados de realizar testes nos concelhos com taxa de incidência inferior a 120 casos por 100.000 habitantes, mas nos restantes terão de efetuar testes aleatórios a 50% dos atletas e da equipa técnica, de 14 em 14 dias.
O regresso aos treinos e às competições está anunciado para modalidades de baixo risco a partir de 05 de abril, numa retoma que se estende até 03 de maio.
A AFL lamenta também o facto de continuar a ser proibida a presença de público nos recintos desportivos.