O português Miguel Oliveira (KTM) terminou hoje na 11.ª posição o primeiro dia de treinos livres para o Grande Prémio de Doha, no Qatar, nesta que é a segunda prova do Mundial de MotoGP.
O piloto português fez a sua melhor volta no treino da tarde, rodando em 1.53,914 minutos, ficando a apenas 42 milésimos do décimo lugar, que garante provisoriamente um bilhete direto para a segunda fase da qualificação de sábado.
"Estar tão próximo do top 10 é tão motivante como desapontante. É tão frustrante ser 11.º como 17.º. mas mostra uma boa direção para amanhã [sábado]", começou por explicar o piloto português, na conferência de imprensa digital após as duas sessões de treinos hoje realizadas e à qual a agência Lusa assistiu.
Miguel Oliveira considerou, por isso, que "foi uma sexta-feira mais positiva do que a última", há uma semana, no mesmo circuito de Losail que este fim de semana acolhe a segunda ronda da temporada.
"Não fui diretamente para o top10, mas tivemos a nossa hipótese. Temos de tentar o nosso melhor amanhã [sábado]. Espero testar algumas coisas novas na FP4 e tentar entrar na Q2", sublinhou o piloto da KTM.
No Qatar, onde os treinos livres, que apuram os dez melhores para a segunda parte da sessão de qualificação de sábado, se disputam durante o dia, com temperaturas mais altas, obrigam à escolha de borrachas mais duras para os pneus, mas com menos aderência e, por isso, menos desempenho.
No entanto, com a corrida a ser disputada já de noite, com as temperaturas mais baixas, os pilotos têm de optar por borrachas mais macias, de maior aderência e desgaste mais rápido.
Desta forma, segundo Miguel Oliveira, os treinos livres acabam por não permitir testar as condições em que se corre.
Por isso, para sábado, "durante o dia, o plano vai ser outra vez passar pelos [pneus] duros. Nos treinos livres 4 e na qualificação teremos de ver a temperatura para decidir. Hoje, os pilotos da Tech3 [equipa satélite da KTM] usaram o médio, vamos investigar”.
“Na corrida vamos ter outra vez temperaturas muito baixas o que vai limitar a escolha para o macio à frente", sublinhou o piloto de Almada, que também chegou a montar um pneu de composto médio atrás.
No domingo passado, na jornada de abertura do Mundial de MotoGP, o piloto português terminou na 13.ª posição o GP do Qatar, depois de ter passado pelo décimo lugar.
Na altura, o desgaste do pneu dianteiro fez o piloto da KTM perder ritmo e lugares na classificação, numa corrida ganha pelo espanhol Maverick Viñales (Yamaha).
O GP de Doha, que se corre domingo, será a segunda de 19 provas previstas no calendário de 2021 e antecede o GP de Portugal, a 18 de abril.