As autoridades venezuelanas anunciaram 14 mortes provocadas por covid-19 nas últimas 24 horas, o pior registo diário desde o início da pandemia no país, que atravessa uma nova vaga, com a chegada da variante brasileira do vírus.
O número de óbitos das últimas 24 horas supera o dos dois dias anteriores, quando se registaram 13 mortes.
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, anunciou ainda 979 novas infeções, 971 por transmissão comunitária e oito provenientes do estrangeiro.
A região mais afetada pela nova vaga é o estado de Miranda, vizinho da capital, que registou 228 novos casos nas últimas 24 horas, seguindo-se a cidade de Caracas (141) e os estados de Aragua (132) e La Guaria (107).
O país está atualmente a viver duas semanas de "quarentena radical" para tentar travar a propagação da variante do novo coronavírus detetada no Brasil, tal como decretou o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em 22 de março.
Desde o início da pandemia, a Venezuela registou 1.629 mortes e 162.730 casos confirmados.
Em 02 de março de 2021, o país recebeu meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm, depois de ter recebido, em fevereiro, as primeiras 100 mil doses da vacina russa.
Na segunda-feira chegaram mais 50 mil doses da vacina russa Sputnik V.
De acordo com a Academia de Medicina da Venezuela, o país precisa de 30 milhões de vacinas para 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões das quais pessoal prioritário.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.829.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 129,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.