O Brasil voltou a registar um aumento no número de mortes e infeções pelo novo coronavírus, tendo contabilizado 3.808 óbitos e 82.186 casos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.
No total, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, concentra 358.425 vítimas mortais e 13.599.994 infeções desde o início da pandemia, números que colocam o Brasil na segunda posição mundial de países com mais mortos e na terceira com maior número de casos.
O Brasil é ainda o país com mais mortes registadas em 24 horas, muito acima dos Estados Unidos, país mais afetado pela covid-19 em números absolutos, ou da Índia, uma tendência que foi observada ao longo de todo o mês de março e que se tem repetido em abril.
De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença no Brasil, que atravessa o seu momento mais critico da pandemia, é hoje de 171 mortes e 6.472 casos por 100 mil habitantes.
São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, totalizando 84.380 vidas perdidas para a doença causada pelo novo coronavírus e 2.667.241 diagnósticos positivos da doença.
Desde o registo do primeiro caso em solo brasileiro, em fevereiro do ano passado, 12 milhões de pacientes recuperaram da doença, enquanto que 1.166.771 infetados permanecem sob acompanhamento médico.
No momento em que a campanha de imunização contra a covid-19 avança a um ritmo lento no Brasil, o Ministério das Relações Exteriores informou, em comunicado, que o consórcio Covax Facility destinará ao país 842.400 doses da vacina da Pfizer/BioNTech. A previsão de entrega é para junho.
"O Ministério da Saúde tem 42,5 milhões de doses de vacinas contratadas com a Covax Facility. A quantidade é suficiente para vacinar 10% da população brasileira. Até ao momento, o Brasil já recebeu mais de um milhão de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford por meio dessa iniciativa. Cabe ressaltar que essas 842.400 doses não fazem parte das 100 milhões já contratadas pelo Governo diretamente com a farmacêutica", indica o comunicado.
Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que pelo menos 1,5 milhões de brasileiros que tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19 não completaram a imunização com a segunda dose.
O maior país da América do Sul aplica desde janeiro o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford e outro desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac.
"Fizemos um levantamento contando esses dias [do prazo para a segunda dose] e temos para completar a segunda dose 1,5 milhões de brasileiros que já deveriam ter completado. Esse é o total que estaria no tempo para a segunda dose. Os outros ainda estão no prazo. Vamos emitir uma lista com números e discutir uma estratégia para buscar essas pessoas", disse a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Brasil, Francieli Fontana, em declarações à imprensa.
Dados divulgados por um consórcio de meios de comunicação social, que compila informações sobre a pandemia no Brasil, informa que até segunda-feira foram aplicadas mais de 31,2 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19 no país.
Deste total, mais de 23,8 milhões de pessoas receberam a primeira dose e outras 7,3 milhões receberam duas doses.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.947.319 mortos no mundo, resultantes de mais de 136,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.