Declarações de Sérgio Conceição no final do encontro Chelsea-FC Porto (0-1), da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões em futebol, disputado na terça-feira no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, em Sevilha.
“Saímos com uma grande frustração, com devem entender, desiludidos, principalmente pelo resultado, mas muito orgulhosos por aquilo que fizemos nos dois jogos. Fomos uma equipa superior ao Chelsea nos dois jogos e penso que esta eliminatória foi decidida nos detalhes.
Volto a referir, estou muito orgulhosos pela competência da minha equipa, pelo que fomos capazes de fazer com bola, aqui ou acolá poderíamos ter definido e concluído de outra forma, principalmente à entrada do último terço adversário, defensivamente fantásticos naquilo que foi a nossa pressão defensiva, a nossa pressão alta, a nossa constante pressão sobre o Chelsea para não deixarmos que o Chelsea no fim explorasse o que tem de mais forte, limitando-os ao máximo e tentando fazer golos, que era aquilo que nós queríamos, no primeiro e no segundo jogo.
Não sou muito de estatísticas, mas dizem exatamente isso, que fomos superiores nos dois jogos. Faltou-nos uma pontinha mais eficácia para, contra uma equipa destas, termos feito golo.
O nosso trajeto foi fantástico, estamos na Liga dos Campeões em abril. Acho que se todos nós fizemos um bocadinho mais – e estou a falar do nosso país, por aquilo que é a participação de equipas portuguesas nesta fase. Se calhar, noutros anos, acabamos em maio. Agora, é preciso que toda a gente meta a mão na consciência e faça um bocadinho mais do que aquilo que se faz quando temos equipas a disputar a melhor prova de clubes do Mundo e a dar imagem que demos e damos, ano após ano - excetuando uma ou outra situação ou um ou outro ano – na Liga dos Campeões.
Por isso, estou extremamente orgulhoso daquilo que é a minha equipa, não precisava destes jogos e do trajeto magnífico que a equipa fez para perceber que grupo tenho à minha frente.
Tenho um grupo de gente jovem, que para muitos foi a primeira vez que pisaram um palco em jogos deste nível e, por isso, estou extremamente orgulhoso. Desiludido e triste estou, não consigo estar contente, apesar da boa imagem que demos, porque ganhámos 1-0 e não foi suficiente para passarmos às meias-finais, que era o objetivo, e merecíamos passar, porque fomos mais competentes e melhor equipa do que o Chelsea.
Estamos a jogar contra o Chelsea, não estamos a jogar propriamente contra uma equipa banal, está cheia de jogadores que de um momento para o outro fazem a diferença e decidem o jogo. E a estratégia passava também por aí, sentir-se confortável naquilo que era o jogo, termos coesão como equipa, porque sabia que, se tivéssemos um comportamento dentro do planeado estrategicamente, que iríamos fazer golos e não permitíamos situações ao Chelsea.
Foi isso que aconteceu, só me lembro de uma situação com o Pulisic, mas nestes 180 minuto criámos mais situações de golo, mais perigo e fomos melhor equipa para o Chelsea. Por isso digo que a frustração é grande.
Temos de ter consciência de que estamos a disputar a melhor prova de clubes do Mundo e neste momento está reduzida a grandíssimas equipas, e nós temos de nos sentir extremamente orgulhosos e arrisco a dizer que foi dos nossos melhores jogos como equipa na Liga dos Campeões. Se não foi, anda lá perto”.