Declarações de Jesualdo Ferreira após o jogo Boavista-Paços de Ferreira (2-0), da 27.ª jornada da I Liga de futebol.
“O Paços de Ferreira tem uma equipa muito forte e equilibrada, que está imediatamente abaixo das quatro equipas do topo da tabela. Sabíamos que era um jogo muito difícil, mas tivemos a capacidade de entrar muito bem e de colocar problemas para os quais o adversário talvez não estivesse preparado.
Quando conseguiu ajustar, já estava a perder e passou a controlar o jogo de uma forma diferente da que esperávamos. Fomos obrigados a alterar a nossa estrutura, com certas adaptações no lado esquerdo, devido às ausências do Ricardo Mangas e do Hamache.
A forma como os jogadores responderam na primeira parte deram-nos a garantia de que na segunda, com mais ou menos sacrifício, conseguiríamos ganhar este jogo. Essa segunda parte foi um pouco marcada pela agonia daquilo que tem sido a nossa passagem por estes jogos, mas controlámos o espaço aéreo e a zona frontal da nossa baliza.
Não permitimos grandes situações de perigo. As nossas saídas não foram tão boas, como na primeira parte, mas foram suficientes para a cada transição dizer ao Paços de Ferreira que estávamos ali para continuar a discutir o jogo. Não foi a segunda parte que gostaria de ver, ou aquela que os atletas estariam disponíveis para fazer, mas foi a possível.
Fica a vitória, que é justa. Nos últimos três jogos fizemos sete pontos. Com mais sete finais pela frente, começamos a acreditar que, com esta regularidade e esta prestação em determinados momentos do jogo, somos capazes e vamos chegar onde queremos.
Vamos jogar na quarta-feira com o Sporting de Braga e domingo com o Marítimo. Em 35 dias, teremos oito jogos, que passaram agora a sete. Para isso, é preciso ter os jogadores todos disponíveis. Acredito que, à medida que formos andando, os jogadores vão sendo mais fortes porque ficam confiantes. Acima de tudo, há que manter a equipa competitiva.
Treinamos juntos todos os dias e vamos fazendo alguns ajustamentos e experiências. A competição é que vai valorar as capacidades dos jogadores.
O Yusupha esteve muito tempo sem fazer golos e afastado por uma pequena lesão, mas voltou. Não é uma questão de dinâmica com o Alberth Elis, mas passa pela conquista de mais um atleta.
Muito mais importante do que estar a referir um ou dois jogadores, é referir-me ao grupo, que tem de fazer sete jogos perante uma densidade competitiva muito grande, com um período de recuperação muito baixo e num calendário um pouco difícil de entender”.