O treinador do Manchester City, Josep Guardiola, criticou hoje o projeto da Superliga de futebol, do qual o clube inglês é fundador, considerando que não se pode chamar de desporto a uma competição onde a participação é garantida.
“O desporto não é desporto quando não existe relação entre esforço e recompensa. Não é desporto se o sucesso é garantido ou se a derrota não importa”, disse o catalão, ressalvando uma opinião definitiva sobre o assunto quando tiver mais informações.
Em causa está a embrionária Superliga europeia, criada à revelia da FIFA e da UEFA por 12 clubes, entre os quais o Manchester City, que tenciona promover um campeonato com 20 clubes, 15 dos quais permanentes e cinco qualificados anualmente.
“Não é justo quando uma equipe luta, luta e luta, chega ao topo, mas não consegue qualificar-se porque o sucesso já estava garantido para alguns outros clubes”, acrescentou o treinador do Manchester City.
No domingo, 18 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.