A Roma, treinada pelo português Paulo Fonseca, assumiu hoje a oposição à criação da Superliga de futebol, por haver coisas mais importantes do que o dinheiro, defendendo que os adeptos são centrais na modalidade.
“Queremos dirigir-nos aos nossos incríveis adeptos e apoiantes sobre o recente anúncio da criação da Superliga. A Roma opõe-se veementemente a este sistema fechado, uma vez que vai contra o espírito de jogo que todos amamos”, lê-se no comunicado do emblema romano, que tem Tiago Pinto como diretor desportivo.
No domingo, 18 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
“Algumas coisas são mais importantes do que dinheiro, e nós continuamos firmemente comprometidos com o futebol italiano, a nível interno, e em competições europeias abertas e justas. Esperamos continuar a trabalhar com a Serie A, a federação italiana, a Associação de Clubes Europeus e com a UEFA, para o crescimento e desenvolvimento do futebol em Itália e no mundo”, prosseguiu o clube romano.
A Roma, atual sétima classificada da Liga italiana, remata o comunicado recordando que “os adeptos e o futebol de formação são o centro do futebol, e nunca devem ser esquecidos”.
De acordo com o anúncio da criação da Superliga, a competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
As equipas vão ser divididas em dois grupos de 10, com jogos em casa e fora, a meio da semana, avançando os três primeiros e o vencedor de um ‘play-off’ entre quarto e quinto classificados para os quartos de final, a duas mãos, seguindo-se a fase a eliminar até à final, a disputar em campo neutro.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.
Os oito primeiros avançam para os oitavos de final, enquanto as restantes vagas nesta fase a eliminar vão ser decididas em ‘play-off’ entre os nono e 24.º classificados.