O treinador da Juventus, Andrea Pirlo, afirmou hoje que a recém-criada Superliga europeia, competição co-fundada pelo emblema italiano, é «mais uma evolução no futebol», à semelhança de outras que sucederam «nos últimos anos» na modalidade.
“É mais uma evolução no futebol. Tem havido várias mudanças no futebol nos últimos anos, seja na Liga dos Campeões, na forma de as equipas jogarem ou nas regras. Não sou a melhor pessoa para falar sobre isso. O nosso presidente tem estado na linha da frente deste assunto e ninguém melhor do que ele poderá explicar”, afirmou, em conferência de imprensa, o técnico da Juventus, na qual alinha o português Cristiano Ronaldo.
O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, foi um dos principais responsáveis pela criação da Superliga, sendo, inclusive, um dos vice-presidentes da nova competição, depois de ter abandonado o Comité Executivo da UEFA e o cargo de presidente da Associação Europeia de Clubes (ECA).
“Esta manhã, o presidente deu-nos a conhecer o projeto [da Superliga]. Transmitiu-nos grande confiança e salientou que o mais importante é continuarmos a trabalhar. É apenas um projeto. Os jogadores sabem que o futebol evolui e que têm de permanecer tranquilos e focados no presente, que é o jogo com o Parma”, disse Pirlo, na antevisão da partida da 32.ª jornada da ‘Serie A’.
No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, em que cada equipa joga contra 10 adversários, cinco jogos em casa e cinco jogos fora.
Os oito melhores classificados vão ser apurados diretamente para os oitavos de final, enquanto os classificados entre o 9.º e o 24.º lugar vão disputar um ‘play-off’ para apurar outras oito equipas.