A Itália registou 14.761 novos casos de covid-19 e 342 mortes nas últimas 24 horas, três dias antes de entrar num processo de reabertura nas regiões com menor risco epidemiológico em setores como a cultura, restauração e educação.
O aumento de novas infeções é inferior ao registado na quinta-feira, quando foram ultrapassados os 16.000 novos casos, e eleva para 3.935.703 o número de infetados desde o início da pandemia no país, em fevereiro de 2020.
O número provisório de óbitos é de 118.699 durante a emergência sanitária.
Nos hospitais, a pressão continua a diminuir, já que dos 465.543 atualmente positivos, a grande maioria está isolada em casa com sintomas leves ou assintomática.
Atualmente, 21.440 pessoas estão hospitalizadas, uma redução de 654 pacientes em relação ao dia anterior, enquanto 2.979 estão internadas em Unidades de Cuidados Intensivos, menos 42, e pela primeira vez num mês abaixo dos 3.000.
A situação continua “complicada” porque a incidência do vírus é “alta”, o que obrigada a empreender a redução das limitações com cautela e gradualmente, defendeu hoje o presidente do Instituto Superior de Saúde, Silvio Brusaferro.
Em relação à campanha de vacinação, foram injetadas no país 16.829.814 doses, principalmente entre maiores de 70 anos e profissionais de saúde, e 4.963.281 pessoas estão imunizadas com as duas doses.
Com estes números, a Itália prepara o início de um processo gradual de reabertura a partir de segunda-feira nas regiões com os melhores dados epidemiológicos.
Nesses, as aulas presenciais vão regressar às escolas até ao ensino secundário e os bares e restaurantes vão servir almoço e jantar, mas só nas esplanadas e desde que seja respeitado o recolher obrigatório, que começa às 22:00 locais (21:00 em Lisboa).
Uma restrição que se mantém apesar das pressões da Conferência das Regiões, dos hoteleiros e partidos de extrema-direita, como a Liga, de Matteo Salvini, que pressionaram sem êxito para atrasar o recolher obrigatório.
Por outro lado, depois de um mês com todo o país colocado em risco de contágio alto ou médio, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, assinou hoje uma portaria para que a maioria das regiões fique em nível leve de alerta, com cor amarela.
Em risco médio, de cor laranja, ficam Basilicata, Calábria, Apúlia, Sicília e Vale d’Aosta, enquanto a ilha da Sardenha é a única que fica em “zona vermelha”, de maior risco.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.073.969 mortos no mundo, resultantes de mais de 144,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.