Um golo de Matheus Nunes deu hoje uma vitória quase épica ao Sporting sobre o Sporting de Braga, na 29.ª jornada da I Liga de futebol, com os ‘leões' a jogarem mais de 75 minutos com menos um.
O único golo da partida surgiu aos 81 minutos, quando Matheus Nunes rematou cruzado, descaído sobre a direita, após um lance de bola parada que enganou toda a equipa bracarense.
O Sporting, que jogou com menos um jogador mais de 75 minutos dada a expulsão de Gonçalo Inácio aos 18 minutos (viu dois cartões amarelos no espaço de oito minutos), garante a presença na Liga dos Campeões (pelo menos na terceira pré-eliminatória), uma vez que, matematicamente, é certo que não ficará abaixo do terceiro lugar.
Os ‘leões' reagiram da melhor forma ao empate caseiro com o Belenenses SAD (2-2) e colocam agora pressão sobre o FC Porto, de quem distam agora sete pontos, à condição. Os ‘dragões' jogam na segunda-feira com o Moreirense.
Carlos Carvalhal apresentou o mesmo ‘onze' da jornada anterior (vitória 2-1 ao Boavista), enquanto Rúben Amorim, a cumprir o terceiro jogo de castigo, fez apenas uma alteração, fazendo regressar Feddal ao eixo defensivo.
O Sporting, que venceu o terceiro jogo aos minhotos esta época, depois do 2-0 para o campeonato, em Alvalade, e o 1-0 na final da Taça da Liga, mostrou porque é a melhor defesa do campeonato, mostrando uma enorme competência a esse nível quando se viu reduzido bem cedo a 10 jogadores: Coates, Feddal e Palhinha foram enormes.
A equipa de Carlos Carvalhal viu-se obrigada a um jogo de paciência, mas as constantes lateralizações do jogo, tentando desposicionar o Sporting, não surtiram efeito, até porque eram feitas de forma muito previsível e lenta. O Benfica pode fugir no terceiro lugar se vencer na segunda-feira o Santa Clara.
O Sporting começou o jogo nervoso e alguns erros dos mais jovens, como Gonçalo Inácio e Nuno Mendes, poderiam ter causado danos, como aos 15 minutos, quando após um erro do lateral esquerdo ‘leonino', Abel Ruiz se isolou mas, depois de ladear Adán, perdeu ângulo e a oportunidade gorou-se.
O Sporting ficou a jogar com menos uma unidade desde os 18 minutos, porque Gonçalo Inácio viu dois cartões amarelos em oito minutos e a partir daí quase só ‘deu' Sporting de Braga.
Contudo, a equipa da casa sentiu muitas dificuldades em criar situações de real perigo, tendo Adán neutralizado com alguma facilidade, mas atenção, um cabeceamento de Fransérgio (38) e um remate de Galano (39).
Neto e Matheus Nunes entraram ao intervalo (saíram Nuno Santos e Paulinho) e, aos 62 minutos, Galeno teve na cabeça uma grande ocasião, após belo cruzamento de Gaitán, mas Adán, com uma grande defesa, segurou o nulo.
O Sporting refrescava a sua equipa, agora com Tiago Tomás e Matheus Reis a contribuírem para o grande espírito de sacrifício ‘leonino', e Carlos Carvalhal lançou André Castro e Al Musrati - na primeira vez que tocou na bola, o médio líbio disparou com muito perigo (68).
Borja e Piazon foram as últimas aposta do técnico ‘arsenalista', mas foi Fransérgio, de cabeça, após grande centro de Esgaio, a ‘assustar' o último reduto contrário - Adán estava no caminho da bola (80).
Mas, seria o Sporting a marcar, por Matheus Nunes, aproveitando o ‘adormecimento' da defesa bracarense na conversão de um livre lateral de Porro (81).
Rui Fonte regressou à primeira equipa ‘arsenalista' um pouco mais de nove meses depois (sofreu uma rutura do ligamento cruzado do joelho esquerdo em 20 de julho do ano passado), mas o Sporting segurou um triunfo muito festejado pelas suas hostes no final e que pode ser muito importante na rota do título.