O FC Porto escorregou na segunda-feira na corrida pela revalidação do título da I Liga de futebol, ao empatar 1-1 no terreno do Moreirense, terminando a 29.ª jornada a seis pontos do líder Sporting.
Em Moreira de Cónegos, o venezuelano Nahuel Ferraresi adiantou os minhotos, aos 37 minutos, mas o iraniano Mehdi Taremi repôs a igualdade de grande penalidade, aos 86, sendo que o espanhol Toni Martínez esteve perto de completar a reviravolta, aos 90+3.
O golo acabou revertido pelo videoárbitro (VAR) por fora de jogo de 10 centímetros, deixando o FC Porto no segundo lugar, com 67 pontos, seis abaixo do Sporting e quatro acima do Benfica, terceiro, enquanto o Moreirense é sétimo, com 36.
Apostando nos mesmos titulares da vitória sobre o Vitória de Guimarães (1-0), os ‘azuis e brancos’ procuraram controlar as operações desde cedo com bola, mas foram sentindo dificuldades crescentes para descobrir brechas numa expectante estratégia minhota.
Vasco Seabra operou três alterações face ao empate com o Santa Clara (0-0) e reativou uma estrutura tática com três defesas centrais, tapando espaços à circulação dos pupilos de Sérgio Conceição e buscando processos simples na hora de acionar contra-ataques.
O avanço do relógio elevou o nervosismo do FC Porto, ao ponto de apenas ter assustado Mateus Pasinato à meia hora, num remate enrolado de Mehdi Taremi, e aumentou a confiança do Moreirense, capaz de intimidar com maior clarividência a baliza de Agustín Marchesín.
Yan deu o mote aos 34, com um 'disparo' bloqueado por Chancel Mbemba, e Nahuel Ferraresi materializou o atrevimento dos ‘cónegos’ três minutos depois, ao encher o pé esquerdo para finalizar um canto curto de Filipe Soares para David Simão na esquerda.
Esse lance estudado premiava a consistência exibicional dos ‘cónegos’, em detrimento da desinspiração criativa dos ‘dragões’, que, até ao intervalo, se limitaram a uma jogada de insistência de Jesús Corona pelo corredor central, anulada em esforço por Lazar Rosic.
Mehdi Taremi sinalizou uma postura mais esclarecida do FC Porto no primeiro lance do reatamento, ao isolar-se ao primeiro poste, servido por Mbemba, para atirar à figura de Mateus Pasinato, que, pouco depois, voou para afastar um livre direto de Sérgio Oliveira.
Beneficiando do sossego pontual conferido pela classificação, o Moreirense manteve-se atento às transições e Rafael Martins quase importunou Marchesín, aos 51 minutos, enquanto Sérgio Oliveira voltou a 'aquecer' as luvas do guarda-redes minhoto, aos 55.
Mateus Pasinato voltou a 'agigantar-se' dois minutos depois, quando travou as intenções de Moussa Marega e contou com o auxílio do poste na recarga, numa altura em que Sérgio Conceição já refrescava as unidades criativas e pedia velocidade de execução.
Os ‘azuis e brancos’ instalaram-se em definitivo nas imediações da área da equipa de Vasco Seabra, mas ficaram à mercê de novo revés aos 76 minutos, num corte providencial de Matheus Uribe, depois de André Luís ter fintado Agustín Marchesín.
O FC Porto voltou à carga pelos pés de Fábio Vieira, aos 84 minutos, e resgataria a igualdade aos 86, com Mehdi Taremi a quebrar a resistência de Mateus Pasinato da marca de penálti, na sequência de um derrube de Rosic sobre Toni Martínez na área.
Numa ponta final frenética, os campeões nacionais repetiram festejos no terceiro minuto de compensação através de um cabeceamento do espanhol, ainda que este tenha sido apanhado em posição irregular pelo videoárbitro aquando do cruzamento do iraniano.
Os instantes finais foram de sobressalto constante junto da baliza de Mateus Pasinato, que travou novo cabeceamento de Toni Martínez e um livre no limite da área de Fábio Vieira, que acabou com a emenda de Uribe por cima.