O Benfica anunciou hoje que vai «recorrer» do castigo de 16 dias imposto ao vice-presidente Rui Costa na sequência da sua expulsão no jogo entre Benfica e FC Porto (1-1), da 31.ª jornada da I Liga de futebol.
“O Sport Lisboa e Benfica irá recorrer da decisão do Conselho de Disciplina, prometendo esgotar todas as possibilidades que impeçam que este escândalo – mais um – seja consumado”, resumem os ‘encarnados’, em comunicado no seu site.
A decisão do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), hoje divulgada, tem por base a análise ao relatório do árbitro Artur Soares Dias, que expulsou o dirigente nos minutos finais da partida, quando a equipa da casa pedia o segundo amarelo para o central portista Pepe.
O Benfica entende que esta punição reforça o que entende ser a “farsa em que se transformou a justiça desportiva no futebol português” e que, na sua opinião, “vem agravar a mancha irreparável que tem alastrado na temporada 2020/21”.
O clube lisboeta, que fala em “má-fé”, contesta o relatório do árbitro, segundo o qual o dirigente "entrou no terreno de jogo cerca de um metro protestando de braços abertos e de forma efusiva a decisão do árbitro”, nomeadamente apresentando imagens que contrariam o local, com o dirigente sobre a linha lateral.
Quanto aos termos usados, as ‘águias’ sustentam que as palavras de Rui Costa “não podem ser consideradas atentatórias da honra de qualquer elemento da equipa de arbitragem”.
Comparam-nas ainda com outras “ofensas recentes” no futebol e que mereceram “castigos, nalguns casos, iguais ou até inferiores ao que hoje se conheceu”.
Rui Costa foi notificado na sexta-feira dos relatórios oficiais e hoje apresentou recurso.
O CD da FPF entendeu que "não se vislumbra indiciado abato suficiente à credibilidade probatória reforçada de que gozam aqueles relatórios oficiais no que respeita às afirmações imputadas", face ao ilícito disciplinar de protestos contra a equipa de arbitragem.
O empate 1-1 praticamente atribuiu o título ao Sporting, que está a dois pontos do objetivo, quando lhe faltam três jogos, e manteve o FC Porto quatro pontos à frente do Benfica no segundo lugar, que dá acesso direto à Liga dos Campeões.