O Leixões tornou-se hoje o terceiro clube a abandonar a Direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) desde a eleição de Hermínio Loureiro para a presidência em 2006.
Após o Sporting, que abandonou a Direcção da LPFP em finais de Março, e Boavista, que deixou o elenco no início de Abril, ambos em protesto com as arbitragens, foi agora a vez de o Leixões abandonar o executivo liderado por Hermínio Loureiro.
Para justificar esta decisão, o Leixões queixou-se do ''clima de suspeição'' criado pela Comissão Executiva na condução da ''informação sobre os pressupostos para a inscrição na nova época''.
Já o clube de Alvalade abandonou a Direcção ''por um acumular de situações'' que culminaram com a arbitragem de Lucílio Baptista na última final da Taça da Liga (derrota com o Benfica nas penalidades), enquanto o Boavista, relegado agora à II Divisão, saiu do elenco directivo pela ''falta de transparência'' na Liga de Honra.
Quando o Sporting renunciou, foi o Paços de Ferreira a ocupar a vaga deixada pelos ''leões'', enquanto o lugar do Boavista não foi preenchido, ficando a Direcção reduzida a oito elementos, número que se mantém com a entrada do Desportivo de Chaves para o lugar do Leixões.
O Chaves pediu o reingresso da Direcção presidida por Hermínio Loureiro em substituição do Leixões, depois de a ter deixado no final da temporada de 2006/07, em virtude da descida à II Divisão, que o deixou afastado das competições profissionais, sendo então substituído pelo Trofense.
Na carta endereçada pela SAD do Leixões a Hermínio Loureiro, o clube de Matosinhos considera que o ''clima de suspeição'' criou ''dificuldades agravadas'' ao emblema nortenho na altura da inscrição para a época já em curso.
No final de Junho, a LPFP divulgou que a inscrição dos matosinhenses nas competições profissionais era aceite sob condição, devido à ausência das certidões do Fisco e da Segurança Social, enquanto a 08 de Julho foi revelado que o clube não tinha apresentado 12 jogadores inscritos e licenciados.
No texto enviado à LPFP, realça-se o ''enorme desagrado'' da massa associativa do Leixões ''pela forma como o assunto era tratado na comunicação social'', no que foi considerado ''uma enorme falta de respeito''.
''Nem sequer tivemos a mais pequena demonstração de solidariedade da vossa parte, bastando para isso uma chamada telefónica para se inteirarem da verdadeira situação'', acrescenta o documento, frisando que tudo isto ''toma ainda maior dimensão'' dado que o Leixões ''ainda fazia parte da Direcção'' da LPFP.
A Liga já veio dizer que o tratamento é igual para todos clubes, façam parte da Direcção ou não.