O canoísta Kevin Santos espera um desempenho «perfeito» para na quinta-feira atingir os Jogos Olímpicos Tóquio2020 em K1 200, enquanto Francisca Laia e Sara Sotero prometem enfrentar todas as adversidades na Hungria para alcançar o sonho.
“Há dois lugares [para os Jogos] e todos os competidores vão estar ao mais alto nível para lutar por eles. Todos os finalistas são candidatos, não há favoritos. É arrancar com a mesma ambição. Nada é impossível. É lutar até ao fim”, destaca Kevin Santos, em declarações à Lusa.
Só o primeiro lugar de cada uma das três eliminatórias dava direito a final direta, que Kevin Santos, de 1,96 metros, conseguiu com o tempo de 35,26 segundos, o mais lento dos vencedores, mas que agora lhe permite passar da pista um para uma das centrais.
“No centro é onde estão os melhores tempos e é aí onde todos os canoístas querem estar, no meio da competição. Amanhã [quinta-feira] é não facilitar na saída. Melhorar aí, no meio da prova e no fim. Melhorar em tudo. Não há margem de erro. Tem de sair tudo perfeito”, vincou.
O canoísta não quer pensar ainda em Tóquio2020, preferindo “manter os pés na terra, trabalhar e manter a cabeça centrada na final”.
Francisca Laia, olímpica no Rio2016, e Sara Sotero atingiram a final diretamente com o segundo lugar na sua série de K2 500, na primeira prova que fizeram juntas, uma vez que esta tripulação só foi criada há menos de duas semanas.
“Foi a primeira prova juntas, não sabíamos o que esperar. Foi muito bem conseguida. Muito vento lateral no final só dificultou a tarefa, mas conseguimos ser competitivas e ficar nos lugares da frente”, regozijou-se Francisca Laia.
A mestre em medicina desportiva acrescentou que na final de quinta-feira, na qual só a vitória dá o passaporte para o Japão, a dupla está “motivada para conquistar esta vaga para Portugal (...) independentemente de haver vento pelas costas, de lado, seja como for”.
Sara Sotero regozijou-se pelo facto de a dupla ter atingido o “objetivo principal”, acreditando que ganhar “é possível” e prometendo que a tripulação improvisada vai “estar na luta”.
Joana Vasconcelos também venceu a sua eliminatória e atingiu diretamente a final em K1 500.
A C2 1000 de Marco Apura e Bruno Afonso foi terceira na semifinal única e também vai lutar por uma das duas vagas em disputa.
Rúben Boas e João Pereira foram hoje a única tripulação a não atingir a final, com o sétimo lugar na meia-final de K2 1.000.
As provas das jovens Inês Penetra e Beatriz Lamas, em C2 500, decorrem somente na quinta-feira.
Quem atingir o objetivo vai aumentar a equipa da canoagem que já integra Fernando Pimenta em K1 1.000, Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela em K4 500 e Teresa Portela em K1 200, canoístas que de sexta-feira a domingo competem na Taça do Mundo que se segue a este apuramento, e na qual vão testar a forma dos rivais para Tóquio2020.