Roland Garros receberá mais de cinco mil espetadores diários até 08 de junho, um número que superará os 13 mil no dia seguinte, anunciou hoje a diretora-geral da Federação Francesa de Ténis (FFT), Amélie Oudéa-Castéra.
Após semanas de dúvidas, o governo francês deu finalmente ‘luz verde’ à presença de público no torneio francês, segundo ‘Grand Slam’ da temporada, embora tenha negado a solicitação para uma derrogação especial do recolher obrigatório em vigor no país, de modo a permitir espetadores nas sessões noturnas.
Assim, as nove primeiras sessões noturnas do ‘major’ francês – uma inovação nesta edição, cujo quadro principal decorre entre 30 de maio e 13 de junho - decorrerão à porta fechada, mas, em 09 de junho, o público poderá assistir à última jornada prevista para acolher encontros após o pôr do sol.
Essa última sessão noturna terá início às 20:00 locais (menos uma hora em Lisboa), uma hora antes das sessões dos dias anteriores, uma vez que, a partir de 09 de junho, o recolher obrigatório decretado pelo governo francês, atualmente fixado nas 21:00, terá início pelas 23:00.
Relativamente ao público, o governo francês autorizou uma lotação máxima de 5.388 espetadores diários, distribuídos por 16 ‘courts’, um número que representa a soma de 35% da capacidade de cada um desses campos.
A partir de 09 de junho, o limite autorizado pelo governo sobe para os 65%, o que, conjugando a sessão diurna e a noturna, elevará a 13.146 o número de espetadores autorizado a entrar no recinto situado na Porte d'Auteuil, em Paris.
O complexo de Roland Garros pode acolher até 38.436 espetadores por dia, mas este ano a FFT prevê vender só 118.611 bilhetes, bem menos do que os cerca de 500.000 que vendeu na última edição pré-pandemia, em 2019 – no ano passado, com o torneio adiado para finais de setembro, foram permitidos apenas mil espetadores diários.
O público que deseje assistir ao segundo ‘Slam’ da temporada, cujo início foi adiado uma semana devido às restrições impostas pelo governo para conter a pandemia de covid-19, terá de apresentar “um teste PCR ou antigénico negativo realizado menos de 48 horas antes, um certificado de vacinação ou de remissão”, ou seja, um comprovativo que comprove uma infeção ocorrida há mais de duas semanas e menos de seis meses, explicou Amélie Oudéa-Castéra.
Já os jogadores deverão instalar-se num dos dois hotéis oficiais, como aconteceu em 2020, e sem “qualquer exceção”, pontuou o diretor do torneio, Guy Forget.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.319.512 mortos no mundo, resultantes de mais de 159,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.