O Governo do Japão disponibilizou hoje 723 mil dólares (595 mil euros) a Moçambique para melhorar a gestão da cadeia de frio para conservação de vacinas contra a covid-19.
“Temos de aperfeiçoar os nossos meios de trabalho para combater o novo coronavírus e, dentro disso, a construção da cadeia de frio", com câmaras de baixa temperatura e equipamentos semelhantes a frigoríficos, "é muito importante”, disse Kimura Hajime, embaixador do Japão em Moçambique, durante a entrega do donativo, em Maputo.
O valor, entregue ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que o vai aplicar, vai permitir a aquisição de equipamentos de frio em Moçambique, além de responder às prioridades identificadas no plano de resposta do país à covid-19.
A Unicef “vai trabalhar em coordenação com o Ministério da Saúde para assegurar que as vacinas sejam transportadas até às unidades hospitalares dentro dos parâmetros e das temperaturas requisitadas”, disse Maureen L. Gallagher, em representação de Maria Luísa Fornara, dirigente da agência das Nações Unidas em Moçambique.
“Uma cadeia de frio abrangente e funcional é um requisito muito importante para garantir a boa conservação das vacinas”, destacou Lídia Cardoso, vice-ministra da Saúde de Moçambique, alertando para o reforço das medidas de prevenção face à ameaça de eclosão de uma terceira vaga de infeção no país.
A Unicef vai apoiar as autoridades moçambicanas na aquisição dos equipamentos, além de dar assistência técnica e formação aos profissionais de saúde.
Moçambique tem um total acumulado de 826 óbitos, 70.315 casos, dos quais 97% recuperados e 24 internados.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.